Clinica Geral

Dentes – você sabe de que são feitos?

Curioso para conhecer a composição dos dentes?A ortodontia é uma especialidade formalmente conhecida como aquela que estuda, diagnostica e trata problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da mordida, face e arcos dentários.

Para isso, é preciso conhecer a fundo a anatomia dos dentes, seus nomes e sua composição.

A estrutura dos dentes

O dente é uma estrutura calcificada, saliente e esbranquiçada que fica implantada nos alvéolos e gengivas dos dois maxilares. Sua principal função é a trituração dos alimentos, preparando-os para o processo de deglutição. Contudo, também auxilia no processo de formação de sons para a fala e dá expressão facial.

A parte visível dos dentes, que fica para fora da gengiva, é chamada coroa. É o formato da coroa que determina a função de cada dente. A raiz é a parte que fica dentro da gengiva, mantendo o dente inserido no osso maxilar. Ela compõe cerca de dois terços do tamanho dentário.

A estrutura dentária é formada por quatro camadas distintas: polpa, esmalte, dentina e cemento. A polpa é um tecido vivo mole situado no centro do dente, onde se encontram o nervo e os vasos sanguíneos. A especialidade ortodôntica responsável pelo tratamento e prevenção de doenças na polpa dental é a endodontia.

O esmalte, por sua vez, é a camada mais externa da superfície dentária. É o tecido mais duro e mineralizado de todo o corpo humano, mas pode sofrer danos caso a boca não seja higienizada corretamente. Já a dentina é a camada dentária que fica situada abaixo do esmalte, considerada o nervo dental. Composta de vários túbulos que levam diretamente à polpa, ela é responsável pela desagradável sensação de sensibilidade dentária quando há desgaste do esmalte.

O cemento, por fim, é uma camada que recobre apenas a raiz. Sua principal função é dar suporte dos dentes, ligando a raiz ao osso alveolar e aos ligamentos periodontais, além de contribuir para alguns processos de reparação dos dentes.

 As funções de cada parte do dente

Cada dente é responsável por cumprir uma tarefa específica, e seu formato é adequado para a função que exerce. Os dentes incisivos, por exemplo, são afiados em forma de cinzel (formão) e ficam posicionados na parte frontal da arcada. Sua função é a de cortar os alimentos.

Os caninos, por outro lado, são mais pontiagudos e servem para rasgar os alimentos. Já os pré-molares servem para esmagar os alimentos e têm formato com duas pontas. Os molares são os dentes que ficam mais ao fundo da boca, possuem várias pontas na superfície de mordida e servem para triturar os alimentos.

Fonte: Blog Kamila Godoy

Veja quais foram os avanços da saúde bucal no Brasil

Entre 2003 e 2008 houve ampliação do acesso ao dentista em 34,4%

Avanços no acesso da população brasileira ao cirurgião-dentista, principalmente entre as pessoas de menor renda – ampliação em 32% da população com renda de até 1 salário mínimo.

Queda de 26% na incidência de cárie na faixa etária de 12 anos entre 2003 e 2010, fazendo com que o Brasil passasse a fazer parte do grupo de países com baixa prevalência de cárie dentária, segundo a OMS.

Redução no número de dentes afetados por cáries e ampliação no acesso aos serviços de saúde bucal para as faixas etárias de 15 a 19 anos; 35 a 44 anos; e 65 a 74 anos.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal Avanços 2003 – 2010 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2003 – 2008

Fonte: Ministério da Saúde

Quais os riscos de piercing na boca para saúde bucal?

O que é um piercing na boca?

É qualquer tipo de piercing que pode ser na língua, nos lábios ou nas bochechas. Nos anos mais recentes, os piercings na região da boca têm se tornado uma forma de expressão individual. Como o piercing na orelha, os brincos e anéis de metal colocados na boca são de diferentes estilos e compreendem peças como pinos, tarraxas e argolas. Mas o piercing colocado na língua, lábios ou bochechas envolvem riscos maiores do que os colocados na orelha. Antes de perfurar qualquer parte, dentro ou fora da boca, converse com seu dentista.

Quais os riscos de usar um piercing na boca?

É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece. Estes efeitos são:

– Infecção – A boca contém milhões de bactérias que podem causar infecções depois de um piercing oral. Tocar as partes de metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se contrair uma infecção.

– Sangramento prolongado – Caso um vaso sanguíneo seja perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue.

– Dor e inchaço – São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração..

– Dentes danificados – O contato com a joia pode danificar o dente. Dentes com restaurações – por exemplo, coroas ou jaquetas – também podem ser danificados pelas peças de metal.

– Ferimento na gengiva – As peças de metal não só podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e torna seus dentes mais vulneráveis a cáries e a periodontite.

– Interferência com a função normal da boca – As joias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação.

– Doenças transmissíveis pelo sangue – O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacional de Saúde como uma possível forma de transmissão da hepatite B, C, D e G.

– Endocardite – O piercing oral pode causar endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de entrar na corrente sanguínea, podendo chegar ao coração.

Quanto tempo dura um piercing?

Se você não contrair nenhuma infecção e seus piercings orais não interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma permanente. Mas, não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir peças soltas ou danificar os dentes), a melhor coisa é não fazer piercing oral.

Fonte: Terra

5 problemas de saúde que podem começar pela boca

 

Ao falar de saúde bucal, automaticamente vem à cabeça cárie, gengivite, mau hálito. Mas a lista de doenças ligadas à boca vai muito além disso, afeta, inclusive, outras partes do corpo. Doenças cardiovasculares; partos prematuros e nascimentos de baixo peso; descontrole da diabete, são algumas das enfermidades que podem ser associadas à saúde bucal já estudadas por pesquisadores.

Diabetes Diabéticos podem apresentar, entre outros sinais, hálito de “acetona”, inflamações das gengivas e perda óssea ao redor dos dentes, feridas bucais e boca seca. Falando em números, os portadores da doença têm, aproximadamente, quatro vezes mais chances de ter inflamações das gengivas e perdas do suporte ósseo dos dentes.

O agravamento desses quadros também pode se relacionar com complicações da diabetes. É uma via de mão dupla em que uma doença pode afetar o curso da outra, ou seja, a diabetes dificulta o tratamento das doenças periodontais que, por sua vez, agravam a diabetes. “Prevenir, especialmente as infecções de boca, é o melhor remédio”, diz o cirurgião-dentista Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).
A boa notícia é que é possível restabelecer a saúde bucal depois que as doenças periodontais se instalam. O primeiro passo é se informar sobre a diabetes e, principalmente, como controlá-la. Em seguida, fazer um tratamento bucal sério, além de ter cuidado diário com a boca, conforme a instrução do dentista. “Pacientes com bons hábitos de higiene bucal, visitas regulares ao dentista e providos de cuidados no controle do diabete podem ter vida normal e reabilitar-se em termos de qualidade de vida”, afirma o especialista.

Doenças do coração
Um estudo realizado pela Unicamp com 180 pacientes cardíacos constatou que as pessoas com cardiopatia tinham de duas a três vezes mais problemas periodontais do que o grupo que não tinha doença coronariana. Os pesquisadores analisaram fragmentos arteriais desses pacientes e fizeram a detecção do DNA bacteriano. “Quase 60% dos nossos pacientes tinham a bactéria bucal nas artérias coronárias”, diz o periodontista Fernando José de Oliveira, autor da pesquisa.

O que ocorre é que o ferimento na gengiva causado pela periodontite é a porta de entrada para a bactéria cair na corrente sanguínea. Quando isso acontece há o risco de parar no coração, o que provoca inflamação nas artérias. Esse processo pode aumentar, inclusive, os níveis de colesterol de um indivíduo.

Segundo o cardiologista e nutrólogo do HCor, Daniel Magnoni, existe um trabalho amplo de conscientização da relação entre higiene bucal e doenças do coração. “No Instituto Dante Pazzanese, o ambulatório de saúde bucal é muito ativo, com campanhas de conscientização e educação em higiene bucal”, diz.

Impotência
Um estudo feito pela Universidade Inonu, na Turquia, concluiu que pessoas com gengivas inflamadas são três vezes mais propensas a ter problemas de ereção. Participaram da pesquisa 80 homens com disfunção erétil, entre 30 e 40 anos, e 82 homens sem problemas de impotência. No grupo dos que tinham a disfunção, 53% apresentavam gengivas inflamadas, contra 23% no grupo de controle.

A explicação para isso ocorrer é parecida com a endocardite – as bactérias que ficam na boca podem entrar na corrente sanguínea pela gengiva. Esses micro-organismos criam placas nos vasos sanguíneos, entupindo-os. Assim, a ereção fica mais difícil. Adicionalmente, a periodontite também bloqueia uma enzima chamada eNOS, que ajuda os homens a conseguir uma ereção.

Segundo o médico Geraldo Eduardo Faria, chefe do departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, estudos mostram que metade dos homens na faixa etária entre 40 e 70 anos sofrem de algum grau de disfunção erétil que é classificada em leve, moderada ou severa. “O estudo MMAS realizado nos Estados Unidos mostrou uma incidência de 52%, sendo que a ocorrência aumenta com a idade e também está relacionada a fatores de risco”, diz.

HPV
Segundo uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP com 1.475 pacientes, 72% dos casos de câncer de cabeça e pescoço apresentou o vírus HPV do tipo 16 – o mais relacionado ao desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

Nas avaliações mais antiga, feitas entre os anos 1998 e 2003, o índice encontrado foi de 55%, um aumento de 17 pontos porcentuais.

“Em um trabalho científico realizado na Unifesp, em que estudamos 50 casos de câncer de boca, indicou a presença de HPV em 74% dos casos”, diz o doutor Artur Cerri, coordenador da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas). “É fundamental que a prevenção do câncer de boca passe pela prevenção do HPV oral.

Parto Prematuro
A doença periodontal pode trazer inúmeros malefícios tanto à gestante, pelo desconforto e dor típicos desta alteração, quanto ao feto em formação. Há fortes evidências de que mães com doença periodontal têm mais chance de ter filhos prematuros (abaixo de 37 semanas de gestação) e com baixo peso (inferior a 2500 g).

“Os pesquisadores acreditam que os estímulos inflamatórios podem induzir uma hiperirritabilidade da musculatura lisa uterina, provocando contração do útero e dilatação cervical, atuando como gatilho para o parto prematuro”, diz a dentista Rosana de Fátima Possobon, professora da Faculdade de Odontologia da Unicamp.

Ao avaliar saliva e gengiva de mais de 300 grávidas e comparar com os dados de seus partos, pesquisadores da Universidade de Nova York verificaram que quanto maior a incidência da bactéria actinomyces, principalmente no terceiro trimestre da gestação, maior o risco. Ou seja, para um aumento de 10 vezes na presença da bactéria, notou-se uma redução de até 60 gramas no peso do bebê e antecipação de até dois dias no parto.

Fonte: Terra