Clínica

Saúde bucal na gravidez

A saúde bucal pode afetar a gravidez? 
Descubra nesse artigo!

Há cada vez mais evidências sugerindo a existência de uma relação entre as enfermidades gengivais e os nascimentos prematuros, e de bebês que nascem com peso abaixo do normal. As gestantes portadoras de enfermidades gengivais têm maior propensão a dar à luz a bebês prematuros e abaixo do peso normal.

Outros estudos devem ainda ser feitos para que se estabeleça de que maneira as enfermidades gengivais afetam a gestação. Parece que essas doenças aumentam os níveis dos fluidos biológicos que estimulam o trabalho de parto. Os dados também sugerem que quando uma enfermidade gengival piora durante a gravidez, o risco de o bebê nascer prematuro aumenta.

Que posso fazer para garantir uma gravidez saudável?
O melhor conselho que se pode dar a uma mulher que está pensando em engravidar é ir ao dentista e resolver todos os problemas bucais, antes de ficar grávida.

Durante a gestação, seus dentes e gengivas precisam de cuidados especiais. Uma higiene bucal adequada, o uso diário do fio dental, uma alimentação equilibrada e visitas periódicas ao dentista são medidas que ajudam a reduzir os problemas dentários que acompanham a gestação.

Que problemas orais podem ocorrer durante a gravidez?
Os estudos revelam que um grande número de mulheres tem gengivite durante a gravidez, com acúmulo de placa bacteriana que se deposita nos dentes irritando a gengiva.

Mantendo seus dentes sempre limpos, especialmente na região do colo dentário, área em que a gengiva e os dentes se encontram, você pode reduzir significativamente ou até evitar a gengivite durante a gravidez. E além disso, você pode ajudar ainda mais a saúde de seus dentes, substituindo os doces por alimentos integrais tais como queijo, verduras e frutas frescas.

O que posso esperar de uma consulta com o dentista durante meu período de gravidez?
Em primeiro lugar, não deixe de informar o dentista que você está grávida. É melhor marcar uma consulta entre o quarto e sexto mês de gravidez, porque os três primeiros meses são os mais importantes no desenvolvimento da criança. No último trimestre da gravidez, o estresse associado com a consulta ao dentista pode aumentar a incidência de complicações pré-natais.

Na maior parte dos casos, radiografias, anestésicos dentais, medicação contra a dor e antibióticos (especialmente a tetraciclina) não são receitados durante o primeiro trimestre da gravidez, a não ser que sejam absolutamente necessários. Além disso, sentar-se em uma cadeira de dentista nos últimos três meses da gestação pode ser algo muito desconfortável. Há também evidências de que as gestantes podem ser mais suscetíveis à náusea. Mas, não se preocupe, pois seu dentista está preparado para ajudá-la nesta situação.

Se precisar fazer uma consulta de emergência, avise o consultório, antes de chegar lá, que você está grávida. Informe a respeito de qualquer tensão que estiver sofrendo, abortos naturais anteriores e medicamentos que esteja tomando. Tudo isso pode influenciar a forma pela qual seu dentista vai atendê-la e tratá-la. É bem provável que seu dentista entre em contato com seu médico, antes de iniciar qualquer tratamento.

Se tiver qualquer dúvida, insista para que seu dentista fale com seu médico. E se o dentista prescrever qualquer medicamento, não aumente a dosagem recomendada, mesmo no caso de uma simples aspirina.

Fonte: Site Colgate

Perca o medo do dentista!

Relaxar no dentista é difícil? Que tal apostar na tecnologia para dar uma ajuda e a perder o medo de dentista de vez?

Não é difícil para um dentista identificar pacientes com medo: o corpo fala.

Aquele que senta, cruza os pés, segura os braços da cadeira, tensiona os ombros e fecha os olhos quando abre a boca está dando todos os sinais de que não gostaria de estar ali.

Aprender a identificá-los é tão importante que virou matéria dada em sala de aula. “Na universidade os professores mencionam essas características, assim você já sabe como começar com o paciente: tentando deixá-lo tranqüilo”, afirma a dentista Erika Abreu Amaral.

De acordo com dados da Sociedade Americana de Odontologia três em cada 10 adultos têm medo de ir ao dentista. Não existe levantamento semelhante no País, mas Newton Miranda Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), acredita que os números devem ser semelhantes ou até maiores. “Aqui ainda temos o problema da falta de informação”, diz.

O receio de visitar o consultório preocupa especialistas, porque pode afastar uma pessoa com problemas bucais do tratamento correto e agravar ainda mais a situação. “Um homem veio me procurar com o rosto deformado de tão inchado, por conta de um dente quebrado”, conta Amaral.

Relatos como esse não são incomuns. “Eu tratava um veterano de guerra, que não conseguia sentar na cadeira sem tomar alguma droga”, descreve Carvalho. Pacientes que chegam a esse extremo são chamados odontofóbicos, ou seja, desenvolveram um medo exacerbado de ir ao dentista. Para esses casos, a recomendação é terapia.

O tratamento psicológico é indicado quando o medo acarreta muito sofrimento, quando a pessoa recusa tratamento por causa desse medo e quando sofre só de pensar que terá de enfrentar os procedimentos e não consegue superar sozinha seu sofrimento.

“Não é possível determinar quanto tempo uma pessoa vai precisar de tratamento, mas tende a ser uma terapia focada e breve, de curta duração. Em poucas sessões o paciente aprende que não corre perigo e que a dor imaginária ou real é suportável. Aprende a controlar a ansiedade”, diz a psicóloga Márcia Copetti, do Rio Grande do Sul.

Mas quando a sensação está mais para aquele suor frio, uma certa ansiedade, e não chega a ser impeditivo de consulta, tecnologia e técnica podem ajudar a melhorar a relação entre o dentista e o paciente.

Sedação consciente 

 

Indicado para os pacientes ansiosos e fóbicos, em particular as crianças, permitindo alcançar um estado de total relaxamento e tranquilidade, mas ao mesmo tempo acordado e cooperante…e em total segurança.

Sabia que cerca de 30% da população tem medo de ir ao dentista, e que entre as crianças essa percentagem aproxima-se dos 50%?

Hoje em dia, esse receio não tem justificação. A Sedação Consciente é um método bastante benéfico para pacientes receosos da dor ou que tiveram experiências menos positivas no consultório dentário. E são as crianças as que estão mais susceptíveis a criar fobias em relação aos atos médico-dentários, evitando os cuidados dentários regulares e necessários devido à ansiedade e medo da dor.

Dicas para se manter tranquilo durante uma consulta:

* Converse com o profissional antes de começar a consulta e fale sobre seu medo

* Se achar melhor, peça para que ele explique os procedimentos antes de começá-los

* Combine sinais para o caso de ter dor ou medo. Por exemplo, se você levantar a mão, ele para

* Tem receio do barulho dos aparelhos? Leve um rádio ou iPod com músicas relaxantes

* Procure sempre um profissional de sua confiança

Fonte: IG Saúde

 

As 6 drogas que prejudicam seus dentes

 

Além de todo o comprometimento social, profissional e pessoal, as drogas também prejudicam seus dentes. Veja o ranking destas 6 drogas

Drogas lícitas e ilícitas

Mesmo tendo outras funções para o organismo, até os medicamentos podem em algum grau, interferir na saúde da boca e dos dentes. Imaginem as drogas, tão nocivas ao organismo como um todo! Veja:

1. Medicamentos
Alguns medicamentos para asma, contraceptivos, xaropes e anti-histamínicos (para alergia) podem conter ácidos e açúcar que aumentam a possibilidade de cáries. Já alguns medicamentos podem ter substâncias que diminuem a produção da saliva, o que deixa a boca mais propensa ao desenvolvimento de bactérias aumentando as chances de infecções e inflamações na gengiva e cáries.

2. Fumo

O cigarro diminui o paladar, provoca manchas nos dentes e na língua, diminui a capacidade de recuperação depois de uma cirurgia e aumenta o risco da perda dos dentes, sem contar a probabilidade do câncer de boca.

3. Cocaína

Quando esfregada nos dentes e na gengiva, sua acidez destrói o esmalte dos dentes e sensibiliza a gengiva, causando dor.

4. Crack

A fumaça do crack danifica o esmalte dos dentes, a gengiva e os nervos.

5. Ecstasy

Esta droga predispõe o usuário a sofrer de boca seca, por aumentar a temperatura corporal e prejudica os dentes pelo hábito de morder a garrafinha de água, por exemplo, durante o efeito da droga. Além do bruxismo, à noite, devido à agitação excessiva e à ansiedade que a droga provoca.

6. MetanfetaminaAltamente ácida e agressiva para os dentes, provoca cáries em um curto espaço de tempo. Outros problemas decorrentes do uso: bruxismo e dor na atm.
Impacto do comportamento na saúde

“O comportamento de ‘provar’ algo novo e desconhecido, além de ser um processo de descoberta, também pode ser acompanhado de um preço muito caro. Este é o caso das drogas em geral, lícitas ou ilícitas, portanto é importante pensar antes/depois, sobre as consequências da escolha, afinal o ‘bom’ nem sempre é o ‘melhor’. Pense nisso!”,
esclarece o Dr. Sandro Tubini (psicólogo e psicoterapeuta da Clínica de Comportamento e Saúde).

Fonte: (www.terra.com.br)

Qual a escova de dente ideal pra você?

Escova de dente é considerada a invenção mais importante da humanidade. Mas, você sabe qual é a ideal?

Estudo divulgado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts aponta que a escova de dente é considerada a invenção mais importante da humanidade. No Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o consumo de escovas dentais tem aumentado continuamente ao longo dos anos.

Para acompanhar esse cenário, a indústria oferece os mais variados modelos de escova. No momento de compra, o consumidor precisa fazer pelo menos três escolhas: cerdas duras, médias ou macias; cabeça grande ou pequena e cabos emborrachados ou de plástico.

O professor, mestre e doutor em Odontologia da Anhanguera UNIBAN, Dr. Hugo Lewgoy, explica que a cabeça não pode ser grande porque fica mais difícil alcançar os dentes posteriores. Já as cerdas devem ser ultramacias e em grande quantidade. “É como se pegássemos uma vassoura com cerdas duras e varrêssemos um chão com piso branco e brilhante, certamente, ao longo do tempo, ele perderá o brilho e surgirão alguns riscos”, diz o dentista.

Dicas do Dr. Hugo Lewgoy para encontrar a escova de dente ideal

1. Prefira escovas com cabos lisos. As borrachas nos cabos podem colaborar para acumular sujeiras e proliferar bactérias;

2. As escovas que possuem tampa acrílica da cabeça conservam as cerdas. Estes protetores também são muito úteis para levar a escova dentro de bolsas, malas, pastas para evitar o contato das cerdas com dinheiro, carteira e outros objetos;

3. Recomenda-se trocar de escova a cada três meses;

4. Antes de se iniciar a higiene oral, as mãos e unhas devem ser muito bem lavadas e esfregadas com água e sabão;

5. Um bochecho com água para eliminar resíduos de alimentos deve ser realizado, pois isto diminui a chance da comida ficar presa entre as cerdas e sofrer uma decomposição posterior.

Fonte: Terra

 

Quais os riscos de piercing na boca para saúde bucal?

O que é um piercing na boca?

É qualquer tipo de piercing que pode ser na língua, nos lábios ou nas bochechas. Nos anos mais recentes, os piercings na região da boca têm se tornado uma forma de expressão individual. Como o piercing na orelha, os brincos e anéis de metal colocados na boca são de diferentes estilos e compreendem peças como pinos, tarraxas e argolas. Mas o piercing colocado na língua, lábios ou bochechas envolvem riscos maiores do que os colocados na orelha. Antes de perfurar qualquer parte, dentro ou fora da boca, converse com seu dentista.

Quais os riscos de usar um piercing na boca?

É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece. Estes efeitos são:

– Infecção – A boca contém milhões de bactérias que podem causar infecções depois de um piercing oral. Tocar as partes de metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se contrair uma infecção.

– Sangramento prolongado – Caso um vaso sanguíneo seja perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue.

– Dor e inchaço – São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração..

– Dentes danificados – O contato com a joia pode danificar o dente. Dentes com restaurações – por exemplo, coroas ou jaquetas – também podem ser danificados pelas peças de metal.

– Ferimento na gengiva – As peças de metal não só podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e torna seus dentes mais vulneráveis a cáries e a periodontite.

– Interferência com a função normal da boca – As joias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação.

– Doenças transmissíveis pelo sangue – O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacional de Saúde como uma possível forma de transmissão da hepatite B, C, D e G.

– Endocardite – O piercing oral pode causar endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de entrar na corrente sanguínea, podendo chegar ao coração.

Quanto tempo dura um piercing?

Se você não contrair nenhuma infecção e seus piercings orais não interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma permanente. Mas, não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir peças soltas ou danificar os dentes), a melhor coisa é não fazer piercing oral.

Fonte: Terra

Quais os perigos que a fumaça do cigarro representa para a saúde bucal?

 

O uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco para uma série de doenças orais. Toda forma de uso de tabaco é comprovadamente prejudicial à saúde do homem e especialmente da boca. O consumo de cigarros, charutos ou produtos de tabaco mascado pode causar prejuízo à saúde bucal. A maioria das pesquisas encontradas na literatura é relacionada ao uso de tabaco na forma de cigarros.

Entre os principais danos à boca causados pelo fumo estão o câncer bucal, a doença periodontal e a halitose. O fumo também causa manchas nos dentes, língua e mucosas, deixando a boca com manchas escuras denominadas melanose do fumante. As defesas do organismo ficam diminuídas, tanto sistêmicas quanto locais, prejudicando a cicatrização de feridas e a osteointegração de implantes dentários.

O tabaco causa mau hálito?

Sim, os produtos da combustão do tabaco são uma das principais causas de mau hálito, também denominado halitose. Os odores da fumaça inalada são expelidos durante a fala e a respiração. O uso de cigarro, charuto, cachimbo, maconha ou tabaco mascado (fumo de rolo), associado a uma má higiene da boca, da língua e à presença de doença periodontal, pode tornar o hálito extremamente desagradável. Outro agravante é a diminuição do fluxo salivar (boca seca) causada por essas substâncias, diminuindo a “limpeza” fisiológica do próprio organismo, aumentando a halitose do paciente.


É possível perder os dentes devido ao fumo?

Sim, vários estudos comprovam a associação hábito de fumar com a doença periodontal. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à reabsorção óssea alveolar, ao aumento da mobilidade dental, à exposição das raízes e perda dos dentes.

A principal causa de doença periodontal é o acúmulo de placa bacteriana nas superfícies dos dentes. Essa placa é composta principalmente por bactérias que produzem toxinas que destroem os tecidos de suporte dos dentes (gengiva, cemento, osso e ligamento periodontal), causando gengivite (inflamação das gengivas) e periodontite (inflamação dos tecidos ao redor do dente). A periodontite, quando severa, afeta o osso, causando aumento da mobilidade e até mesmo a perda dos dentes.

O exato papel do tabaco sobre os tecidos periodontais tem sido amplamente investigado. Pesquisas afirmam que fumantes têm maior acúmulo de placa que não-fumantes e que as bactérias presentes nessa placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. Outros estudos afirmam que as toxinas presentes no cigarro podem induzir ou exacerbar a doença periodontal existente, além de prejudicar o tratamento, alterando a resposta imune local e diminuindo a ação dos fibroblastos na reparação dos tecidos lesados. A severidade da doença periodontal está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia.

Por que a saúde bucal de um fumante é mais frágil do que a do não-fumante?

De acordo com o INCA, o consumo de tabaco causa aproximadamente 50 doenças diferentes e um fumante adoece em média 2 a 3 vezes mais que um não-fumante. Na composição do cigarro estão mais de 4.720 substâncias, dentre elas mais de 60 são capazes de causar danos ao nosso organismo. Na boca, o cigarro agride as células da mucosa e ainda diminui sua capacidade de cicatrização e de defesa, deixando-a mais sujeita à ação de agentes agressores como bactérias, vírus e fungos, além de conter substâncias carcinogênicas que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer bucal.


Por que os dentes e as gengivas escurecem?

Entre os componentes do cigarro está a nicotina, que se acumula nas superfícies dos dentes, causando uma pigmentação escura.

A pigmentação das mucosas é denominada melanose do fumante. A nicotina do cigarro estimula a produção de melanina, causando manchas acastanhadas, principalmente nas gengivas dos fumantes de cigarro e nas comissuras e nas bochechas dos fumantes de cachimbo. As mulheres são mais afetadas, e tem sido sugerido que tal fato se deva aos hormônios femininos. As pigmentações ocorrem mais em fumantes inveterados. Com a cessação do hábito de fumar as manchas na mucosa desaparecem gradativamente, mas pode levar até três anos para que isso ocorra.

 

O cigarro pode provocar problemas na salivação?

Sim. A saliva tem um papel importante na proteção da boca, do epitélio gastrointestinal e da orofaringe. Em sua composição estão substâncias que participam da limpeza da boca e do equilíbrio da microflora bucal. A diminuição de saliva aumenta o risco de cáries e a propensão à candidose bucal.

O cigarro causa diminuição na secreção salivar, deixando uma sensação de boca seca, denominada xerostomia. Esse sintoma provoca dificuldade na mastigação, deglutição e fonação, além de tornar a mucosa bucal mais sensível, podendo surgir feridas na boca e fissuras na língua.

Um estudo do Instituto de Tecnologia Technion-Israel, em Haifa, recriou os efeitos do cigarro em células cancerígenas na boca. Metade das amostras foi exposta somente ao fumo e outra a uma mistura de fumo e saliva. Os pesquisadores constataram que o cigarro combinado com a saliva produz mais danos às células que o cigarro separadamente.

 

O hábito de fumar pode causar que tipos de câncer na região da boca e da garganta?

O tabagismo está relacionado aos cânceres de lábio e da cavidade bucal (câncer de boca), faringe, laringe e esôfago. Dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam uma probabilidade 4 a 15 vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar esse risco decresce, mas somente após 10 anos sem fumar terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou.

A causa do câncer não tem um único fator definido. Ela depende de uma série de fatores sistêmicos, como doenças sistêmicas e deficiências nutricionais, e de fatores externos aos quais o indivíduo se expõe voluntariamente, como o fumo, o álcool e os raios solares. Entre os pacientes que morrem em decorrência de câncer da cavidade bucal, 90% são fumantes.

O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas de pele clara que se expõe por muito tempo ao sol sem proteção. A grande maioria (90%) dos casos ocorre no lábio inferior e aparece como uma ulceração indolor, endurecida, rígida e encrostada no vermelhão do lábio inferior.

Na boca as áreas mais afetadas são a língua e o assoalho da boca. As lesões aparecem inicialmente como pequenas feridas indolores que não cicatrizam, aumentos de volume (caroços, inchaços) ou manchas esbranquiçadas ou avermelhadas.

De acordo com as estimativas do INCA para 2008, o câncer de boca está em 5º lugar em incidência no Brasil, seguido pelo câncer de esôfago.

Há mudanças no paladar?

Sim, o fumante tem alterações no olfato e no paladar dos alimentos. O fumo causa atrofia das papilas gustativas do dorso da língua, ocasionando diminuição do paladar, especialmente de alimentos salgados.

Há riscos de cárie?

Ainda não há uma comprovação científica de uma relação direta entre prevalência de cáries e fumantes. Existem algumas hipóteses que sugerem que as modificações na saliva causadas pelo fumo diminuem o potencial de remineralização e limpeza da saliva, aumentando o risco de cárie. Alguns estudos mostraram que fumantes têm maior quantidade de acúmulo de placa bacteriana que não-fumantes e uma higiene bucal mais deficiente, além de uma diminuição das defesas do organismo, o que leva a um maior risco de doença periodontal, expondo as raízes dos dentes ao meio bucal e à ação de bactérias cariogênicas.

Um estudo de 2003 nos Estados Unidos demonstrou uma associação entre tabagismo passivo e cáries nos dentes decíduos (de leite). O tabagismo passivo foi avaliado pelo nível de um derivado da nicotina, a cotinina, presente na saliva de crianças expostas à fumaça de cigarros. O nível socioeconômico, os hábitos alimentares e de higiene bucal dos dois grupos foram similares. Foi encontrado que nas crianças expostas ao cigarro o pH da saliva era significantemente mais ácido, o que pode causar maior desenvolvimento de cáries. O estudo também encontrou que aproximadamente 32% das crianças expostas ao cigarro tinham cáries nas superfícies de seus dentes de leite, comparado com 18% das crianças não expostas.

Quais os tratamentos para combater alguns efeitos do cigarro?

Mais importante que tratar é prevenir, é orientar o paciente dos riscos para sua saúde e dos que o cercam e orientá-lo a parar de fumar. O dentista tem que estar ciente de sua importância como profissional de saúde na colaboração em campanhas antitabagistas e no diagnóstico precoce de lesões bucais, aumentando a chance de cura dos pacientes e diminuindo as sequelas dos tratamentos.

O fumante deve realizar visitas ao dentista periodicamente, fazendo um acompanhamento dos dentes, gengivas e principalmente da mucosa bucal. Existem tratamentos periodontais e restauradores para limitar os danos causados pelo cigarro e pela má higiene bucal. As manchas nos dentes podem ser removidas por limpeza profissional e clareamento dental, desde que o paciente pare de fumar.

O Estomatologista é o profissional dentista especializado, capaz de identificar lesões cancerizáveis e realizar biópsias ou coleta de células da lesão para um correto diagnóstico e realização dos tratamentos necessários.

O autoexame é outra arma importante que o paciente tem na prevenção do câncer bucal. Ele é feito pelo próprio paciente diante de um espelho, em ambiente iluminado, inspecionando-se todas as superfícies da boca, principalmente parte posterior da língua e assoalho bucal. O paciente deve procurar:

– Feridas ou úlceras que não cicatrizem por mais de 15 dias;
– Manchas ou placas esbranquiçadas que não são removidas por raspagem;
– Manchas ou placas avermelhadas;
– Lesões nodulares, endurecidas;
– Inchaços na boca ou no pescoço.

Esse exame não substitui o exame feito por um profissional especializado. Mesmo se você não encontrar nenhuma alteração, não deixe de consultar um cirurgião-dentista pelo menos uma vez ao ano.

Para prevenir o câncer bucal o fumante deve:
Reduzir o uso do cigarro e se possível até mesmo abandoná-lo. Devemos lembrar que os danos são proporcionais à quantidade de cigarros fumados.
Evitar a associação do fumo com o álcool, pois este aumenta os efeitos nocivos do cigarro.
Ter uma alimentação saudável, consumindo frutas, legumes e verduras.
Realizar consultas periódicas com o dentista e manter uma boa higiene bucal.

Fonte: Ident

Falta de um único dente pode trazer riscos à saúde geral do organismo

 

Atenção pais e mães: crianças que perdem dente de leite em acidentes precisam solucionar o problema sob o risco à saúde geral da criança e o comprometimento da dentição permanente.

Se o dente que falta está na frente, a preocupação estética pode até levar rapidamente o paciente a um dentista. Se a ausência não é visível no sorriso, protelar a resolução do problema costuma ser o caminho mais fácil para a maioria das pessoas. Presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MG), Luciano Eloi Santos diz que historicamente sempre se fez muitas extrações no Brasil. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, divulgada em 2010, mostra que mais de 3 milhões de idosos necessitam de prótese total (nas duas arcadas dentárias) e que outros 4 milhões precisam usar prótese parcial (em uma das arcadas). “De uns vinte anos para cá houve uma mudança grande de entendimento porque a prevenção e promoção de saúde bucal ganharam projeção internacional. A redução de extrações foi drástica, mas ainda existe e é realizada em casos de pobreza ou reforçada na mentalidade de que ‘dente de trás não faz falta’”, afirma.

Mas faz. Especialista em reabilitação oral e estética, Cristiane Munhoz explica que quando um dente é perdido, a integridade estrutural de toda a cavidade bucal é afetada com consequências graves do ponto de vista funcional, estético e emocional. “A capacidade de mastigação fica muito reduzida, afeta as escolhas alimentares, contribui para déficits nutricionais e, consequentemente, para um risco aumentado de aparecimento de outras doenças”, pontua. E não só: “frequentemente observa-se o movimento dentário através de inclinações que provocam desajustes da mordida (oclusão) e prejudicam o funcionamento normal do sistema mastigatório”, completa. “A oclusão é que vai nortear todo o processo mastigatório, se falta um elemento essa ausência afeta toda a mordida e podem surgir questões ligadas à articulação temporomandibular, identificada por ruídos quando a pessoa abre muito a boca”, completa o presidente do CRO-MG.

Do ponto de vista social, Munhoz observa que a falta de dentes – denominada cientificamente de edentulismo – também dificulta a comunicação interpessoal e favorece o isolamento das pessoas. A especialista reforça ainda que é “relativamente comum a existência de dores de cabeça, ouvidos, tonturas e até alterações posturais em decorrência de problemas dentários/músculo-articulares, que muitas vezes só são diagnosticados pelo dentista após a passagem por diversas especialidades e a realização de múltiplos exames”.

A lista de problemas não para por aí. Eloi Santos salienta que o processo digestivo começa na mastigação. “A ausência de dentes interfere na ingestão do bolo alimentar e implica em problemas estomacais ou intestinais já que pode sobrecarregar o estômago e todo desdobramento do processo digestivo até o trajeto para o intestino”, esclarece. O presidente do CRO-MG ressalta que a articulação tem que estar sintonizada com o organismo todo. “As repercussões são em menores ou maiores graus, mas podem até afetar o equilíbrio da pessoa. O maxilar superior e mandíbula fazem parte do equilíbrio harmonioso de todo o corpo”, reforça.

Prevenção é o melhor remédio

Cristiane Munhoz explica que a perda dos dentes dos brasileiros ainda se deve a cáries e às doenças da gengiva. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal mostrou que essas são as principais doenças bucais da população brasileira. “Atualmente não podemos mais culpar a baixa renda como a principal razão deste problema. Uma escova chega a durar dois meses e o custo de ter uma boa escova, creme dental e fio dental vai de R$ 5 a R$ 10 por mês”, fala. A especialista diz considerar a falta de prevenção o maior problema da causa de perda dos dentes atualmente. “Eu enfatizo sempre para os meus pacientes a importância das consultas a cada seis meses. Dessa forma, qualquer problema que esteja no seu início será, muitas vezes, solucionada com facilidade”, alerta.

Opções

Solucionar o problema da falta de dentes envolve de técnicas mais simples e acessíveis até as mais sofisticadas e, consequentemente, mais caras. Cristiane Munhoz cita as próteses parciais removíveis (as quais substituem a ausência desde um a vários dentes); próteses totais (substituem a perda total de dentes de um arco dentário); próteses fixas unitárias ou múltiplas e até a reabilitações com implantes associadas ou não com enxertos ósseos e plásticas gengivais.

Dentes de leite perdidos em acidentes: o que fazer?

“A criança está andando de skate, cai e o dente de leite sai inteiro. O recomendado é hidratar esse dente mergulhando-o em um copo de leite. Se não for possível, lave o dente imediatamente, põe na própria boca (a saliva mantém a hidratação) e corre para o dentista”. A situação ilustrada por Eloi Santos é uma dica preciosa para ajudar na solução do problema. “O profissional vai recolocar o dente no lugar e as fibras que o sustenta podem se regenerar”, explica. De acordo com o presidente do CRO-MG, se a criança perde um dente de leite antes da hora, a demora no aparecimento do dente permanente pode ocasionar uma movimentação indesejada de outros dentes.

Cristiane Munhoz reforça que a perda de dentes decíduos (ou dentes de leite) ainda é um acidente muito comum na primeira infância. Para ela, uma experiência dramática para a criança com grande impacto físico e emocional. “É um grande desafio para o profissional que requer não apenas um perfeito manejo no comportamento do pequeno paciente, como também conhecimento técnico, científico e bom senso para se realizar um diagnóstico correto e poder determinar um tratamento eficiente”, observa. Segundo ela, a perda de dentes de leite em função de algum acidente acarreta sequelas tanto para a dentição permanente como para o desenvolvimento de hábitos deletérios, repetição de um ato errado como chupar bico, bruxismo, projeção da língua, entre outros. “Cabe ao cirurgião dentista avaliar as características de cada caso e as condições em que aconteceu o trauma para poder determinar um tratamento apropriado”, conclui.

E atenção: a dica de hidratar o dente em caso de algum acidente serve também para o adulto.

Fonte: UAI

5 problemas de saúde que podem começar pela boca

 

Ao falar de saúde bucal, automaticamente vem à cabeça cárie, gengivite, mau hálito. Mas a lista de doenças ligadas à boca vai muito além disso, afeta, inclusive, outras partes do corpo. Doenças cardiovasculares; partos prematuros e nascimentos de baixo peso; descontrole da diabete, são algumas das enfermidades que podem ser associadas à saúde bucal já estudadas por pesquisadores.

Diabetes Diabéticos podem apresentar, entre outros sinais, hálito de “acetona”, inflamações das gengivas e perda óssea ao redor dos dentes, feridas bucais e boca seca. Falando em números, os portadores da doença têm, aproximadamente, quatro vezes mais chances de ter inflamações das gengivas e perdas do suporte ósseo dos dentes.

O agravamento desses quadros também pode se relacionar com complicações da diabetes. É uma via de mão dupla em que uma doença pode afetar o curso da outra, ou seja, a diabetes dificulta o tratamento das doenças periodontais que, por sua vez, agravam a diabetes. “Prevenir, especialmente as infecções de boca, é o melhor remédio”, diz o cirurgião-dentista Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).
A boa notícia é que é possível restabelecer a saúde bucal depois que as doenças periodontais se instalam. O primeiro passo é se informar sobre a diabetes e, principalmente, como controlá-la. Em seguida, fazer um tratamento bucal sério, além de ter cuidado diário com a boca, conforme a instrução do dentista. “Pacientes com bons hábitos de higiene bucal, visitas regulares ao dentista e providos de cuidados no controle do diabete podem ter vida normal e reabilitar-se em termos de qualidade de vida”, afirma o especialista.

Doenças do coração
Um estudo realizado pela Unicamp com 180 pacientes cardíacos constatou que as pessoas com cardiopatia tinham de duas a três vezes mais problemas periodontais do que o grupo que não tinha doença coronariana. Os pesquisadores analisaram fragmentos arteriais desses pacientes e fizeram a detecção do DNA bacteriano. “Quase 60% dos nossos pacientes tinham a bactéria bucal nas artérias coronárias”, diz o periodontista Fernando José de Oliveira, autor da pesquisa.

O que ocorre é que o ferimento na gengiva causado pela periodontite é a porta de entrada para a bactéria cair na corrente sanguínea. Quando isso acontece há o risco de parar no coração, o que provoca inflamação nas artérias. Esse processo pode aumentar, inclusive, os níveis de colesterol de um indivíduo.

Segundo o cardiologista e nutrólogo do HCor, Daniel Magnoni, existe um trabalho amplo de conscientização da relação entre higiene bucal e doenças do coração. “No Instituto Dante Pazzanese, o ambulatório de saúde bucal é muito ativo, com campanhas de conscientização e educação em higiene bucal”, diz.

Impotência
Um estudo feito pela Universidade Inonu, na Turquia, concluiu que pessoas com gengivas inflamadas são três vezes mais propensas a ter problemas de ereção. Participaram da pesquisa 80 homens com disfunção erétil, entre 30 e 40 anos, e 82 homens sem problemas de impotência. No grupo dos que tinham a disfunção, 53% apresentavam gengivas inflamadas, contra 23% no grupo de controle.

A explicação para isso ocorrer é parecida com a endocardite – as bactérias que ficam na boca podem entrar na corrente sanguínea pela gengiva. Esses micro-organismos criam placas nos vasos sanguíneos, entupindo-os. Assim, a ereção fica mais difícil. Adicionalmente, a periodontite também bloqueia uma enzima chamada eNOS, que ajuda os homens a conseguir uma ereção.

Segundo o médico Geraldo Eduardo Faria, chefe do departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, estudos mostram que metade dos homens na faixa etária entre 40 e 70 anos sofrem de algum grau de disfunção erétil que é classificada em leve, moderada ou severa. “O estudo MMAS realizado nos Estados Unidos mostrou uma incidência de 52%, sendo que a ocorrência aumenta com a idade e também está relacionada a fatores de risco”, diz.

HPV
Segundo uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP com 1.475 pacientes, 72% dos casos de câncer de cabeça e pescoço apresentou o vírus HPV do tipo 16 – o mais relacionado ao desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

Nas avaliações mais antiga, feitas entre os anos 1998 e 2003, o índice encontrado foi de 55%, um aumento de 17 pontos porcentuais.

“Em um trabalho científico realizado na Unifesp, em que estudamos 50 casos de câncer de boca, indicou a presença de HPV em 74% dos casos”, diz o doutor Artur Cerri, coordenador da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas). “É fundamental que a prevenção do câncer de boca passe pela prevenção do HPV oral.

Parto Prematuro
A doença periodontal pode trazer inúmeros malefícios tanto à gestante, pelo desconforto e dor típicos desta alteração, quanto ao feto em formação. Há fortes evidências de que mães com doença periodontal têm mais chance de ter filhos prematuros (abaixo de 37 semanas de gestação) e com baixo peso (inferior a 2500 g).

“Os pesquisadores acreditam que os estímulos inflamatórios podem induzir uma hiperirritabilidade da musculatura lisa uterina, provocando contração do útero e dilatação cervical, atuando como gatilho para o parto prematuro”, diz a dentista Rosana de Fátima Possobon, professora da Faculdade de Odontologia da Unicamp.

Ao avaliar saliva e gengiva de mais de 300 grávidas e comparar com os dados de seus partos, pesquisadores da Universidade de Nova York verificaram que quanto maior a incidência da bactéria actinomyces, principalmente no terceiro trimestre da gestação, maior o risco. Ou seja, para um aumento de 10 vezes na presença da bactéria, notou-se uma redução de até 60 gramas no peso do bebê e antecipação de até dois dias no parto.

Fonte: Terra

É preciso tratar canal em dentes de leite?

Sim. Infecção por cárie, má formação da dentina e fraturas são alguns dos motivos que justificam o canal nos dentes de leite.

É sempre uma grande surpresa quando damos a notícia para os pais de que será necessário fazer um canal no dente de leite do filho. Eles nos olham atônitos, incrédulos, sem realmente entender como é possível, dentro daquele minúsculo dentinho, existir um canal igual ao de um dente permanente. Muitas vezes, dois, três canais, dependendo do dente. Como?

Alguns pais acabam não se preocupando muito com os dentes de leite por acreditarem que dentro dele não existe absolutamente nada, ficam ali grudados na gengiva e um belo dia caem, simples assim!

Esse pensamento é comum porque, quando o dente amolece e cai, vemos apenas a coroa dele e nada mais. É que a raiz que mantinha o dente preso ao osso sofreu um processo chamado “rizólise”. Isto é, foi lentamente reabsorvida para dar espaço ao dente permanente, que aos poucos veio tomando o lugar do decíduo.

A prevenção deve ser feita o quanto antes para que esse mito não torne menos importante todos os cuidados tomados numa dentição decídua. Dente de leite tem raiz, polpa e terá, sim, que ser feito o canal em várias situações: infecção por cárie, má formação de dentina ou esmalte, trauma, fratura ou qualquer coisa que venha expor ou infectar esse local tão bem fechado dentro do dente.

O tratamento endodôntico nada mais é do que a retirada ou esvaziamento da parte viva do dente e sua obturação. São feitas radiografias, usadas “limas” como nos adultos e o isolamento absoluto, que é a colocação de um pedaço de borracha (como um lenço) na boca da criança, deixando para fora apenas o dente a ser tratado, evitando assim a contaminação. A polpa (que fica dentro da raiz) tem um aspecto vermelho gelatinoso e contém toda vascularização que liga o dente com o resto do corpo.

Depois que o canal é esvaziado, devidamente limpo e seco, será preenchido por um material restaurador especial que manterá o espaço interno asséptico (sem bactérias) e será reabsorvido de maneira natural, junto com a raiz no tempo certo.

Sempre busque ajuda de um especialista, porque, quanto menor a criança, maior o grau de dificuldade. Em crianças especiais, o tratamento pode contar com a ajuda de sedação.

Por mais impossível que pareça, muitas crianças acabam até dormindo na cadeira, o que facilita muito no tratamento. É importante que as experiências negativas dos pais não interfiram nesse processo, pois a ausência do medo torna tudo mais simples e a tranquilidade da criança significa sucesso para o profissional.

Para que a criança não precise passar por isso, é fudamental que os pais cuidem com carinho dos dentinhos dos filhos. É sempre uma luta árdua diária fazer com que os pequenos nos deixem escovar seus dentes sem nos levar ao limite da paciência. Mas, acredite, um sorriso gostoso faz cada minuto dessa batalha valer a pena!

Fonte: Revista Crescer

Bruxismo Infantil

Esse hábito tem gerado uma grande preocupação para os pais pois atualmente tem sido cada vez mais frequente nas crianças.

Afinal o que é o bruxismo?

O bruxismo é o ato de apertar ou ranger os dentes. Pode acontecer de dia ou durante o sono e ser de forma consciente ou inconsciente

E por que acontece?

Alguns profissionais chegam a comentar que é comum observar o ranger dos dentes em crianças até os 6 anos por uma necessidade natural do organismo de acomoda-los e se preparar para a troca da dentição. Até esta idade a criança através dos movimentos de lateralidade pode apresentar uma abrasão das pontas dos caninos, e esta atividade muscular ativa o crescimento e desenvolvimento fisiológico das bases ósseas. Esse é o bruxismo considerado “fisiológico”.

Precisamos no entanto ficar atento para o bruxismo “patológico”, onde o desgaste dental é mais importante e a criança pode apresentar dores musculares, dores de cabeça ou dores na ATM (articulação temporo mandibular). Nesse caso, o diagnóstico preciso é bastante difícil por se tratar de um problema com causas multifatoriais.

Dentre as possíveis causas podemos citar :

– fatores oclusais: quando existem interferências dentais que impedem que a mordida tenha um bom encaixe;

– fatores de ordem sistêmica: respiração bucal, deficiências nutricionais, disturbios neurológicos (p. ex. autismo);

– fatores emocionais : stress, agenda lotada de atividades, a chegada de um irmão, divórcio na família, escola nova, hiperatividade , entre outros;

– fatores hereditários;

– hábitos alimentares inadequados. Crianças que não mastigam alimentos consistentes e não usam a sua função mastigatória podem procurar suprir esta necessidade através do ranger dos dentes.

Como tratar o Bruxismo Infantil?

A literatura sobre o bruxismo infantil é escassa e não existem certezas sobre as causas, nem fórmulas mágicas para eliminar rapidamente o hábito. Assim, cada paciente deve ser analisado e tratado individualmente pelo dentista.

Se a causa for uma interferência dental, um ajuste oclusal ou o uso de aparelho ortodôntico será necessário a fim de proporcionar maior conforto e equilíbrio para essa mordida e o uso de placas de uso noturno pode ser indicado para este e/ou outras causas. A idade para se começar algum tratamento depende da gravidade do caso e da colaboração da criança.

Algumas vezes pode ser necessária a ação de outros profissionais da saúde, como: pediatras, psicólogos, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogas. Enfim, cada caso é único e deverá ser tratado o mais cedo possível.

Podemos prevenir o bruxismo?

É possível minimizar as chances da criança ter bruxismo através do acompanhamento periódico do odontopediatra, que estará atento aos possíveis sinais e sintomas

Dicas para os pais:

– Estimular alimentos fibrosos e em pedaços desde pequenos, para que possam desenvolver uma mastigação vigorosa e eficiente.

– Ter cuidados com hábitos prolongados de chupeta e mamadeira. Eles alteram a mordida da criança podendo criar interferências dentais e alterações musculares e ósseas.

– Procurar propiciar um ambiente tranquilo que anteceda o sono. Evite deixar luzes acesas, assistir televisão ou usar o computador ou videogame antes de ir para a cama

– Atenção na hora de programar a rotina de atividades de seu filho. Lembre que crianças precisam de tempo para brincar.

Dra. Eliana Fujimoto Macedo – Especialista em Odontopediatria

Fonte: Pediatria em Foco