Odontopediatria

Células tronco a partir de dentes de leite. Vale a pena retirar?

As células tronco são capazes de se multiplicar rapidamente e transformar-se em células especializadas, como as da pele ou do fígado, por exemplo. Divididas em dois grandes grupos, células tronco embrionárias e células tronco adultas, elas vêm sendo estudadas ao longo dos últimos anos e aplicadas em diversos tratamentos.

O armazenamento das células tronco de uma pessoa é uma garantia de que, caso ela venha a ter um problema de saúde, haja a possibilidade de regenerar partes do corpo com seu próprio DNA, facilitando a aceitação do organismo na inserção de um novo órgão ou na restituição de uma parte importante do corpo, como as células cardíacas.

A boa notícia é que hoje é possível fazer a retirada de células tronco a partir dos dentes de leite das crianças. Quer saber mais a respeito? Siga conosco por essa leitura!

Troca de dentes: como agir nesta fase?

Saiba como agir quando seu filho entrar nessa fase

O nascimento dos dentinhos do bebê é uma alegria para os pais. Só não é maior do que a dos pequenos quando há a troca do dente de leite pelo permanente. A felicidade deles em possuir uma “janelinha” é imensa. Entretanto, devemos ficar atentos a essa mudança.

Leve seu bebê ao dentista!

Muitos pais e mães têm dúvidas sobre quando levar, pela primeira vez, o bebê  ao dentista. Conheça a importância de cuidar da saúde bucal dos pequenos. 

Após o nascimento do bebê, muitos pais conhecem a importância da realização de exames, como o teste do pezinho e olhinho, das consultas ao pediatra e outros especialistas, mas desconhecem a necessidade da ida ao dentista. Normalmente, com seis meses de vida surgem os primeiros dentinhos na criança. Por isso, é nessa fase que os pais devem procurar um odontopediatra – profissional especializado em odontologia infantil. Na consulta, os pais recebem orientação sobre dieta, higiene, aplicação de flúor, uso adequado de mamadeira e chupeta e também correção de maus hábitos, como chupar o dedo.

Perca o medo do dentista!

Relaxar no dentista é difícil? Que tal apostar na tecnologia para dar uma ajuda e a perder o medo de dentista de vez?

Não é difícil para um dentista identificar pacientes com medo: o corpo fala.

Aquele que senta, cruza os pés, segura os braços da cadeira, tensiona os ombros e fecha os olhos quando abre a boca está dando todos os sinais de que não gostaria de estar ali.

Aprender a identificá-los é tão importante que virou matéria dada em sala de aula. “Na universidade os professores mencionam essas características, assim você já sabe como começar com o paciente: tentando deixá-lo tranqüilo”, afirma a dentista Erika Abreu Amaral.

De acordo com dados da Sociedade Americana de Odontologia três em cada 10 adultos têm medo de ir ao dentista. Não existe levantamento semelhante no País, mas Newton Miranda Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), acredita que os números devem ser semelhantes ou até maiores. “Aqui ainda temos o problema da falta de informação”, diz.

O receio de visitar o consultório preocupa especialistas, porque pode afastar uma pessoa com problemas bucais do tratamento correto e agravar ainda mais a situação. “Um homem veio me procurar com o rosto deformado de tão inchado, por conta de um dente quebrado”, conta Amaral.

Relatos como esse não são incomuns. “Eu tratava um veterano de guerra, que não conseguia sentar na cadeira sem tomar alguma droga”, descreve Carvalho. Pacientes que chegam a esse extremo são chamados odontofóbicos, ou seja, desenvolveram um medo exacerbado de ir ao dentista. Para esses casos, a recomendação é terapia.

O tratamento psicológico é indicado quando o medo acarreta muito sofrimento, quando a pessoa recusa tratamento por causa desse medo e quando sofre só de pensar que terá de enfrentar os procedimentos e não consegue superar sozinha seu sofrimento.

“Não é possível determinar quanto tempo uma pessoa vai precisar de tratamento, mas tende a ser uma terapia focada e breve, de curta duração. Em poucas sessões o paciente aprende que não corre perigo e que a dor imaginária ou real é suportável. Aprende a controlar a ansiedade”, diz a psicóloga Márcia Copetti, do Rio Grande do Sul.

Mas quando a sensação está mais para aquele suor frio, uma certa ansiedade, e não chega a ser impeditivo de consulta, tecnologia e técnica podem ajudar a melhorar a relação entre o dentista e o paciente.

Sedação consciente 

 

Indicado para os pacientes ansiosos e fóbicos, em particular as crianças, permitindo alcançar um estado de total relaxamento e tranquilidade, mas ao mesmo tempo acordado e cooperante…e em total segurança.

Sabia que cerca de 30% da população tem medo de ir ao dentista, e que entre as crianças essa percentagem aproxima-se dos 50%?

Hoje em dia, esse receio não tem justificação. A Sedação Consciente é um método bastante benéfico para pacientes receosos da dor ou que tiveram experiências menos positivas no consultório dentário. E são as crianças as que estão mais susceptíveis a criar fobias em relação aos atos médico-dentários, evitando os cuidados dentários regulares e necessários devido à ansiedade e medo da dor.

Dicas para se manter tranquilo durante uma consulta:

* Converse com o profissional antes de começar a consulta e fale sobre seu medo

* Se achar melhor, peça para que ele explique os procedimentos antes de começá-los

* Combine sinais para o caso de ter dor ou medo. Por exemplo, se você levantar a mão, ele para

* Tem receio do barulho dos aparelhos? Leve um rádio ou iPod com músicas relaxantes

* Procure sempre um profissional de sua confiança

Fonte: IG Saúde

 

Falta de um único dente pode trazer riscos à saúde geral do organismo

 

Atenção pais e mães: crianças que perdem dente de leite em acidentes precisam solucionar o problema sob o risco à saúde geral da criança e o comprometimento da dentição permanente.

Se o dente que falta está na frente, a preocupação estética pode até levar rapidamente o paciente a um dentista. Se a ausência não é visível no sorriso, protelar a resolução do problema costuma ser o caminho mais fácil para a maioria das pessoas. Presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MG), Luciano Eloi Santos diz que historicamente sempre se fez muitas extrações no Brasil. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, divulgada em 2010, mostra que mais de 3 milhões de idosos necessitam de prótese total (nas duas arcadas dentárias) e que outros 4 milhões precisam usar prótese parcial (em uma das arcadas). “De uns vinte anos para cá houve uma mudança grande de entendimento porque a prevenção e promoção de saúde bucal ganharam projeção internacional. A redução de extrações foi drástica, mas ainda existe e é realizada em casos de pobreza ou reforçada na mentalidade de que ‘dente de trás não faz falta’”, afirma.

Mas faz. Especialista em reabilitação oral e estética, Cristiane Munhoz explica que quando um dente é perdido, a integridade estrutural de toda a cavidade bucal é afetada com consequências graves do ponto de vista funcional, estético e emocional. “A capacidade de mastigação fica muito reduzida, afeta as escolhas alimentares, contribui para déficits nutricionais e, consequentemente, para um risco aumentado de aparecimento de outras doenças”, pontua. E não só: “frequentemente observa-se o movimento dentário através de inclinações que provocam desajustes da mordida (oclusão) e prejudicam o funcionamento normal do sistema mastigatório”, completa. “A oclusão é que vai nortear todo o processo mastigatório, se falta um elemento essa ausência afeta toda a mordida e podem surgir questões ligadas à articulação temporomandibular, identificada por ruídos quando a pessoa abre muito a boca”, completa o presidente do CRO-MG.

Do ponto de vista social, Munhoz observa que a falta de dentes – denominada cientificamente de edentulismo – também dificulta a comunicação interpessoal e favorece o isolamento das pessoas. A especialista reforça ainda que é “relativamente comum a existência de dores de cabeça, ouvidos, tonturas e até alterações posturais em decorrência de problemas dentários/músculo-articulares, que muitas vezes só são diagnosticados pelo dentista após a passagem por diversas especialidades e a realização de múltiplos exames”.

A lista de problemas não para por aí. Eloi Santos salienta que o processo digestivo começa na mastigação. “A ausência de dentes interfere na ingestão do bolo alimentar e implica em problemas estomacais ou intestinais já que pode sobrecarregar o estômago e todo desdobramento do processo digestivo até o trajeto para o intestino”, esclarece. O presidente do CRO-MG ressalta que a articulação tem que estar sintonizada com o organismo todo. “As repercussões são em menores ou maiores graus, mas podem até afetar o equilíbrio da pessoa. O maxilar superior e mandíbula fazem parte do equilíbrio harmonioso de todo o corpo”, reforça.

Prevenção é o melhor remédio

Cristiane Munhoz explica que a perda dos dentes dos brasileiros ainda se deve a cáries e às doenças da gengiva. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal mostrou que essas são as principais doenças bucais da população brasileira. “Atualmente não podemos mais culpar a baixa renda como a principal razão deste problema. Uma escova chega a durar dois meses e o custo de ter uma boa escova, creme dental e fio dental vai de R$ 5 a R$ 10 por mês”, fala. A especialista diz considerar a falta de prevenção o maior problema da causa de perda dos dentes atualmente. “Eu enfatizo sempre para os meus pacientes a importância das consultas a cada seis meses. Dessa forma, qualquer problema que esteja no seu início será, muitas vezes, solucionada com facilidade”, alerta.

Opções

Solucionar o problema da falta de dentes envolve de técnicas mais simples e acessíveis até as mais sofisticadas e, consequentemente, mais caras. Cristiane Munhoz cita as próteses parciais removíveis (as quais substituem a ausência desde um a vários dentes); próteses totais (substituem a perda total de dentes de um arco dentário); próteses fixas unitárias ou múltiplas e até a reabilitações com implantes associadas ou não com enxertos ósseos e plásticas gengivais.

Dentes de leite perdidos em acidentes: o que fazer?

“A criança está andando de skate, cai e o dente de leite sai inteiro. O recomendado é hidratar esse dente mergulhando-o em um copo de leite. Se não for possível, lave o dente imediatamente, põe na própria boca (a saliva mantém a hidratação) e corre para o dentista”. A situação ilustrada por Eloi Santos é uma dica preciosa para ajudar na solução do problema. “O profissional vai recolocar o dente no lugar e as fibras que o sustenta podem se regenerar”, explica. De acordo com o presidente do CRO-MG, se a criança perde um dente de leite antes da hora, a demora no aparecimento do dente permanente pode ocasionar uma movimentação indesejada de outros dentes.

Cristiane Munhoz reforça que a perda de dentes decíduos (ou dentes de leite) ainda é um acidente muito comum na primeira infância. Para ela, uma experiência dramática para a criança com grande impacto físico e emocional. “É um grande desafio para o profissional que requer não apenas um perfeito manejo no comportamento do pequeno paciente, como também conhecimento técnico, científico e bom senso para se realizar um diagnóstico correto e poder determinar um tratamento eficiente”, observa. Segundo ela, a perda de dentes de leite em função de algum acidente acarreta sequelas tanto para a dentição permanente como para o desenvolvimento de hábitos deletérios, repetição de um ato errado como chupar bico, bruxismo, projeção da língua, entre outros. “Cabe ao cirurgião dentista avaliar as características de cada caso e as condições em que aconteceu o trauma para poder determinar um tratamento apropriado”, conclui.

E atenção: a dica de hidratar o dente em caso de algum acidente serve também para o adulto.

Fonte: UAI

É preciso tratar canal em dentes de leite?

Sim. Infecção por cárie, má formação da dentina e fraturas são alguns dos motivos que justificam o canal nos dentes de leite.

É sempre uma grande surpresa quando damos a notícia para os pais de que será necessário fazer um canal no dente de leite do filho. Eles nos olham atônitos, incrédulos, sem realmente entender como é possível, dentro daquele minúsculo dentinho, existir um canal igual ao de um dente permanente. Muitas vezes, dois, três canais, dependendo do dente. Como?

Alguns pais acabam não se preocupando muito com os dentes de leite por acreditarem que dentro dele não existe absolutamente nada, ficam ali grudados na gengiva e um belo dia caem, simples assim!

Esse pensamento é comum porque, quando o dente amolece e cai, vemos apenas a coroa dele e nada mais. É que a raiz que mantinha o dente preso ao osso sofreu um processo chamado “rizólise”. Isto é, foi lentamente reabsorvida para dar espaço ao dente permanente, que aos poucos veio tomando o lugar do decíduo.

A prevenção deve ser feita o quanto antes para que esse mito não torne menos importante todos os cuidados tomados numa dentição decídua. Dente de leite tem raiz, polpa e terá, sim, que ser feito o canal em várias situações: infecção por cárie, má formação de dentina ou esmalte, trauma, fratura ou qualquer coisa que venha expor ou infectar esse local tão bem fechado dentro do dente.

O tratamento endodôntico nada mais é do que a retirada ou esvaziamento da parte viva do dente e sua obturação. São feitas radiografias, usadas “limas” como nos adultos e o isolamento absoluto, que é a colocação de um pedaço de borracha (como um lenço) na boca da criança, deixando para fora apenas o dente a ser tratado, evitando assim a contaminação. A polpa (que fica dentro da raiz) tem um aspecto vermelho gelatinoso e contém toda vascularização que liga o dente com o resto do corpo.

Depois que o canal é esvaziado, devidamente limpo e seco, será preenchido por um material restaurador especial que manterá o espaço interno asséptico (sem bactérias) e será reabsorvido de maneira natural, junto com a raiz no tempo certo.

Sempre busque ajuda de um especialista, porque, quanto menor a criança, maior o grau de dificuldade. Em crianças especiais, o tratamento pode contar com a ajuda de sedação.

Por mais impossível que pareça, muitas crianças acabam até dormindo na cadeira, o que facilita muito no tratamento. É importante que as experiências negativas dos pais não interfiram nesse processo, pois a ausência do medo torna tudo mais simples e a tranquilidade da criança significa sucesso para o profissional.

Para que a criança não precise passar por isso, é fudamental que os pais cuidem com carinho dos dentinhos dos filhos. É sempre uma luta árdua diária fazer com que os pequenos nos deixem escovar seus dentes sem nos levar ao limite da paciência. Mas, acredite, um sorriso gostoso faz cada minuto dessa batalha valer a pena!

Fonte: Revista Crescer

Bruxismo Infantil

Esse hábito tem gerado uma grande preocupação para os pais pois atualmente tem sido cada vez mais frequente nas crianças.

Afinal o que é o bruxismo?

O bruxismo é o ato de apertar ou ranger os dentes. Pode acontecer de dia ou durante o sono e ser de forma consciente ou inconsciente

E por que acontece?

Alguns profissionais chegam a comentar que é comum observar o ranger dos dentes em crianças até os 6 anos por uma necessidade natural do organismo de acomoda-los e se preparar para a troca da dentição. Até esta idade a criança através dos movimentos de lateralidade pode apresentar uma abrasão das pontas dos caninos, e esta atividade muscular ativa o crescimento e desenvolvimento fisiológico das bases ósseas. Esse é o bruxismo considerado “fisiológico”.

Precisamos no entanto ficar atento para o bruxismo “patológico”, onde o desgaste dental é mais importante e a criança pode apresentar dores musculares, dores de cabeça ou dores na ATM (articulação temporo mandibular). Nesse caso, o diagnóstico preciso é bastante difícil por se tratar de um problema com causas multifatoriais.

Dentre as possíveis causas podemos citar :

– fatores oclusais: quando existem interferências dentais que impedem que a mordida tenha um bom encaixe;

– fatores de ordem sistêmica: respiração bucal, deficiências nutricionais, disturbios neurológicos (p. ex. autismo);

– fatores emocionais : stress, agenda lotada de atividades, a chegada de um irmão, divórcio na família, escola nova, hiperatividade , entre outros;

– fatores hereditários;

– hábitos alimentares inadequados. Crianças que não mastigam alimentos consistentes e não usam a sua função mastigatória podem procurar suprir esta necessidade através do ranger dos dentes.

Como tratar o Bruxismo Infantil?

A literatura sobre o bruxismo infantil é escassa e não existem certezas sobre as causas, nem fórmulas mágicas para eliminar rapidamente o hábito. Assim, cada paciente deve ser analisado e tratado individualmente pelo dentista.

Se a causa for uma interferência dental, um ajuste oclusal ou o uso de aparelho ortodôntico será necessário a fim de proporcionar maior conforto e equilíbrio para essa mordida e o uso de placas de uso noturno pode ser indicado para este e/ou outras causas. A idade para se começar algum tratamento depende da gravidade do caso e da colaboração da criança.

Algumas vezes pode ser necessária a ação de outros profissionais da saúde, como: pediatras, psicólogos, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogas. Enfim, cada caso é único e deverá ser tratado o mais cedo possível.

Podemos prevenir o bruxismo?

É possível minimizar as chances da criança ter bruxismo através do acompanhamento periódico do odontopediatra, que estará atento aos possíveis sinais e sintomas

Dicas para os pais:

– Estimular alimentos fibrosos e em pedaços desde pequenos, para que possam desenvolver uma mastigação vigorosa e eficiente.

– Ter cuidados com hábitos prolongados de chupeta e mamadeira. Eles alteram a mordida da criança podendo criar interferências dentais e alterações musculares e ósseas.

– Procurar propiciar um ambiente tranquilo que anteceda o sono. Evite deixar luzes acesas, assistir televisão ou usar o computador ou videogame antes de ir para a cama

– Atenção na hora de programar a rotina de atividades de seu filho. Lembre que crianças precisam de tempo para brincar.

Dra. Eliana Fujimoto Macedo – Especialista em Odontopediatria

Fonte: Pediatria em Foco