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Estresse ocasionado pela crise de Covid-19 pode aumentar casos de Bruxismo

Confira dicas para controlar o problema sem sair de casa

O bruxismo é uma desordem que atinge cerca de 30% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil o número é ainda maior: até 40% da população. O problema é caracterizado por uma movimentação excessiva e repetitiva dos músculos mastigatórios com apertamento e ranger de dentes enquanto a pessoa está acordada (bruxismo em vigília) ou dormindo (bruxismo do sono).

A cirurgiã dentista Renata Amorim explica que as causas do bruxismo em vigília ainda não são bem conhecidas, mas há uma ligação com a ansiedade e o estresse e, por isso, durante o período de pandemia da Covid-19, a tendência é que os casos em território nacional e no mundo aumentem. Já o bruxismo enquanto dorme pode estar relacionado aos distúrbios do sono e a privação do sono de qualidade, algo que pode levar também à ansiedade e estresse.

“Existe também o bruxismo decorrente de doenças que o paciente possui como, por exemplo, Parkinson, distúrbios psiquiátricos e psicológicos, apnéia do sono, uso de álcool, drogas e de alguns medicamentos”, completa a dentista.

Essa condição de apertar e ranger os dentes pode causar dano à saúde bucal e gerar outros efeitos como dor de cabeça e dores musculares. Renata indica que, em diversos casos, o paciente pode nem saber que possui o problema. “Muitas pessoas que sofrem com o bruxismo que se manifesta durante o sono só percebem quando são avisadas por terceiros ou quando já estão em um nível avançado da doença – apresentando sinais como alteração na forma dos dentes e dores de cabeça”, destaca.

Portanto, a principal recomendação é ficar atento aos mínimos sinais. “Dores na face, no ouvido, na cabeça e dentes desgastados podem ser os primeiros sintomas”, orienta.

Bruxismo no isolamento social

Ao ser acometido por qualquer sintoma do bruxismo, a principal recomendação é procurar um especialista para controlar o problema. Porém, em época de isolamento social, isso deve ser feito apenas em casos mais graves. Enquanto isso, procurar o contato com seu dentista é o caminho.”Existe a tendência de que nesse momento as pessoas sejam mais acometidas pelo bruxismo devido ao estresse e ansiedade que estamos vivendo de ficar em isolamento. Caso sinta algum sintoma, não hesite em ligar para o dentista para que ele possa avaliar seu caso e indicar como proceder”.

Renata também indica que é importante manter hábitos saudáveis, como uma boa alimentação e exercícios físicos, além de investir em momentos de lazer em casa. “Para evitar o bruxismo, a melhor opção é prevenir a saúde física e mental. Lembre-se de continuar fazendo o que gosta em casa, tente relaxar e faça exercícios regulares”, aconselha.

Fonte: Renata Amorim, cirurgiã-dentista, especialista em implantodontia e sócia da Clínica Vitácea Odontologia, em Belo Horizonte.