Saúde bucal dos idosos

Saúde bucal dos idosos

Especialista alerta sobre a importância do acompanhamento especializado, além dos cuidados com a saúde bucal dos idosos. 

No processo de envelhecimento acontecem várias transformações no nosso corpo e um dos mais notórios é com nossos dentes. O cuidado com a saúde bucal não deve ser apenas enquanto jovens, ela também deve continuar na terceira idade.  A cirurgiã-dentista Renata Rabelo Amorim, especialista em Periodontia e Implantodontia, além de sócia da Vitácea Odontologia, em Belo Horizonte, explica que os idosos necessitam de um acompanhamento mais frequente devido a alguns problemas que podem acometê-los pela idade. Além de ser importante que o paciente esteja saudável e com a função mastigatória efetiva.

Para isso, é necessário que as consultas sejam realizadas a cada seis meses, com o objetivo de verificar se há alguma doença, além de realizar a limpeza, remoção de placa bacteriana e tártaro. “Esses cuidados irão garantir a qualidade de vida do idoso, uma vez que tendo saúde bucal, várias doenças são prevenidas, como diabetes e doenças cardíacas”, disse a cirurgiã-dentista.

Ela citou alguns problemas bucais mais comuns nos idosos, veja:

  • Doença periodontal: afeta gengiva e ossos que suportam o dente, cárie e lesões bucais pela má adaptação das próteses;
  • Xerostomia (boca seca);
  • Dentes sensíveis.

Prevenção

Para prevenir tais doenças, além de um acompanhamento semestral, a especialista recomenda uma boa alimentação e cuidados de higiene oral caseira. Caso esses cuidados não sejam seguidos, podem surgir consequências sérias. “O idoso poderá adquirir doenças gengivais e cáries, comprometendo a longevidade dos dentes e podendo debilitar o paciente sistemicamente”, completou Renata.

De acordo ainda com a dentista, nessa fase há também perda de estrutura óssea, gengival e diminuição da salivação. “Tudo isso pode acarretar sensibilidade dentária, aumento do índice de cáries e doenças periodontais”, alertou.

Outro cuidado de grande importância que ela destaca é uso de próteses, já que esses pacientes muitas vezes possuem ausências dentárias necessitando, assim, de reabilitações orais e/ou próteses totais (dentaduras). “A ausência dentária ou próteses mal instaladas podem comprometer a função mastigatória podendo interferir na vida social e diminuir a absorção dos nutrientes, vitaminas e sais minerais dos alimentos”, finalizou Ludimilla.