Odontologia

Quais os riscos de piercing na boca para saúde bucal?

O que é um piercing na boca?

É qualquer tipo de piercing que pode ser na língua, nos lábios ou nas bochechas. Nos anos mais recentes, os piercings na região da boca têm se tornado uma forma de expressão individual. Como o piercing na orelha, os brincos e anéis de metal colocados na boca são de diferentes estilos e compreendem peças como pinos, tarraxas e argolas. Mas o piercing colocado na língua, lábios ou bochechas envolvem riscos maiores do que os colocados na orelha. Antes de perfurar qualquer parte, dentro ou fora da boca, converse com seu dentista.

Quais os riscos de usar um piercing na boca?

É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece. Estes efeitos são:

– Infecção – A boca contém milhões de bactérias que podem causar infecções depois de um piercing oral. Tocar as partes de metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se contrair uma infecção.

– Sangramento prolongado – Caso um vaso sanguíneo seja perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue.

– Dor e inchaço – São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração..

– Dentes danificados – O contato com a joia pode danificar o dente. Dentes com restaurações – por exemplo, coroas ou jaquetas – também podem ser danificados pelas peças de metal.

– Ferimento na gengiva – As peças de metal não só podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e torna seus dentes mais vulneráveis a cáries e a periodontite.

– Interferência com a função normal da boca – As joias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação.

– Doenças transmissíveis pelo sangue – O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacional de Saúde como uma possível forma de transmissão da hepatite B, C, D e G.

– Endocardite – O piercing oral pode causar endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de entrar na corrente sanguínea, podendo chegar ao coração.

Quanto tempo dura um piercing?

Se você não contrair nenhuma infecção e seus piercings orais não interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma permanente. Mas, não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir peças soltas ou danificar os dentes), a melhor coisa é não fazer piercing oral.

Fonte: Terra

Quais os perigos que a fumaça do cigarro representa para a saúde bucal?

 

O uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco para uma série de doenças orais. Toda forma de uso de tabaco é comprovadamente prejudicial à saúde do homem e especialmente da boca. O consumo de cigarros, charutos ou produtos de tabaco mascado pode causar prejuízo à saúde bucal. A maioria das pesquisas encontradas na literatura é relacionada ao uso de tabaco na forma de cigarros.

Entre os principais danos à boca causados pelo fumo estão o câncer bucal, a doença periodontal e a halitose. O fumo também causa manchas nos dentes, língua e mucosas, deixando a boca com manchas escuras denominadas melanose do fumante. As defesas do organismo ficam diminuídas, tanto sistêmicas quanto locais, prejudicando a cicatrização de feridas e a osteointegração de implantes dentários.

O tabaco causa mau hálito?

Sim, os produtos da combustão do tabaco são uma das principais causas de mau hálito, também denominado halitose. Os odores da fumaça inalada são expelidos durante a fala e a respiração. O uso de cigarro, charuto, cachimbo, maconha ou tabaco mascado (fumo de rolo), associado a uma má higiene da boca, da língua e à presença de doença periodontal, pode tornar o hálito extremamente desagradável. Outro agravante é a diminuição do fluxo salivar (boca seca) causada por essas substâncias, diminuindo a “limpeza” fisiológica do próprio organismo, aumentando a halitose do paciente.


É possível perder os dentes devido ao fumo?

Sim, vários estudos comprovam a associação hábito de fumar com a doença periodontal. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à reabsorção óssea alveolar, ao aumento da mobilidade dental, à exposição das raízes e perda dos dentes.

A principal causa de doença periodontal é o acúmulo de placa bacteriana nas superfícies dos dentes. Essa placa é composta principalmente por bactérias que produzem toxinas que destroem os tecidos de suporte dos dentes (gengiva, cemento, osso e ligamento periodontal), causando gengivite (inflamação das gengivas) e periodontite (inflamação dos tecidos ao redor do dente). A periodontite, quando severa, afeta o osso, causando aumento da mobilidade e até mesmo a perda dos dentes.

O exato papel do tabaco sobre os tecidos periodontais tem sido amplamente investigado. Pesquisas afirmam que fumantes têm maior acúmulo de placa que não-fumantes e que as bactérias presentes nessa placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. Outros estudos afirmam que as toxinas presentes no cigarro podem induzir ou exacerbar a doença periodontal existente, além de prejudicar o tratamento, alterando a resposta imune local e diminuindo a ação dos fibroblastos na reparação dos tecidos lesados. A severidade da doença periodontal está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia.

Por que a saúde bucal de um fumante é mais frágil do que a do não-fumante?

De acordo com o INCA, o consumo de tabaco causa aproximadamente 50 doenças diferentes e um fumante adoece em média 2 a 3 vezes mais que um não-fumante. Na composição do cigarro estão mais de 4.720 substâncias, dentre elas mais de 60 são capazes de causar danos ao nosso organismo. Na boca, o cigarro agride as células da mucosa e ainda diminui sua capacidade de cicatrização e de defesa, deixando-a mais sujeita à ação de agentes agressores como bactérias, vírus e fungos, além de conter substâncias carcinogênicas que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer bucal.


Por que os dentes e as gengivas escurecem?

Entre os componentes do cigarro está a nicotina, que se acumula nas superfícies dos dentes, causando uma pigmentação escura.

A pigmentação das mucosas é denominada melanose do fumante. A nicotina do cigarro estimula a produção de melanina, causando manchas acastanhadas, principalmente nas gengivas dos fumantes de cigarro e nas comissuras e nas bochechas dos fumantes de cachimbo. As mulheres são mais afetadas, e tem sido sugerido que tal fato se deva aos hormônios femininos. As pigmentações ocorrem mais em fumantes inveterados. Com a cessação do hábito de fumar as manchas na mucosa desaparecem gradativamente, mas pode levar até três anos para que isso ocorra.

 

O cigarro pode provocar problemas na salivação?

Sim. A saliva tem um papel importante na proteção da boca, do epitélio gastrointestinal e da orofaringe. Em sua composição estão substâncias que participam da limpeza da boca e do equilíbrio da microflora bucal. A diminuição de saliva aumenta o risco de cáries e a propensão à candidose bucal.

O cigarro causa diminuição na secreção salivar, deixando uma sensação de boca seca, denominada xerostomia. Esse sintoma provoca dificuldade na mastigação, deglutição e fonação, além de tornar a mucosa bucal mais sensível, podendo surgir feridas na boca e fissuras na língua.

Um estudo do Instituto de Tecnologia Technion-Israel, em Haifa, recriou os efeitos do cigarro em células cancerígenas na boca. Metade das amostras foi exposta somente ao fumo e outra a uma mistura de fumo e saliva. Os pesquisadores constataram que o cigarro combinado com a saliva produz mais danos às células que o cigarro separadamente.

 

O hábito de fumar pode causar que tipos de câncer na região da boca e da garganta?

O tabagismo está relacionado aos cânceres de lábio e da cavidade bucal (câncer de boca), faringe, laringe e esôfago. Dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam uma probabilidade 4 a 15 vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar esse risco decresce, mas somente após 10 anos sem fumar terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou.

A causa do câncer não tem um único fator definido. Ela depende de uma série de fatores sistêmicos, como doenças sistêmicas e deficiências nutricionais, e de fatores externos aos quais o indivíduo se expõe voluntariamente, como o fumo, o álcool e os raios solares. Entre os pacientes que morrem em decorrência de câncer da cavidade bucal, 90% são fumantes.

O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas de pele clara que se expõe por muito tempo ao sol sem proteção. A grande maioria (90%) dos casos ocorre no lábio inferior e aparece como uma ulceração indolor, endurecida, rígida e encrostada no vermelhão do lábio inferior.

Na boca as áreas mais afetadas são a língua e o assoalho da boca. As lesões aparecem inicialmente como pequenas feridas indolores que não cicatrizam, aumentos de volume (caroços, inchaços) ou manchas esbranquiçadas ou avermelhadas.

De acordo com as estimativas do INCA para 2008, o câncer de boca está em 5º lugar em incidência no Brasil, seguido pelo câncer de esôfago.

Há mudanças no paladar?

Sim, o fumante tem alterações no olfato e no paladar dos alimentos. O fumo causa atrofia das papilas gustativas do dorso da língua, ocasionando diminuição do paladar, especialmente de alimentos salgados.

Há riscos de cárie?

Ainda não há uma comprovação científica de uma relação direta entre prevalência de cáries e fumantes. Existem algumas hipóteses que sugerem que as modificações na saliva causadas pelo fumo diminuem o potencial de remineralização e limpeza da saliva, aumentando o risco de cárie. Alguns estudos mostraram que fumantes têm maior quantidade de acúmulo de placa bacteriana que não-fumantes e uma higiene bucal mais deficiente, além de uma diminuição das defesas do organismo, o que leva a um maior risco de doença periodontal, expondo as raízes dos dentes ao meio bucal e à ação de bactérias cariogênicas.

Um estudo de 2003 nos Estados Unidos demonstrou uma associação entre tabagismo passivo e cáries nos dentes decíduos (de leite). O tabagismo passivo foi avaliado pelo nível de um derivado da nicotina, a cotinina, presente na saliva de crianças expostas à fumaça de cigarros. O nível socioeconômico, os hábitos alimentares e de higiene bucal dos dois grupos foram similares. Foi encontrado que nas crianças expostas ao cigarro o pH da saliva era significantemente mais ácido, o que pode causar maior desenvolvimento de cáries. O estudo também encontrou que aproximadamente 32% das crianças expostas ao cigarro tinham cáries nas superfícies de seus dentes de leite, comparado com 18% das crianças não expostas.

Quais os tratamentos para combater alguns efeitos do cigarro?

Mais importante que tratar é prevenir, é orientar o paciente dos riscos para sua saúde e dos que o cercam e orientá-lo a parar de fumar. O dentista tem que estar ciente de sua importância como profissional de saúde na colaboração em campanhas antitabagistas e no diagnóstico precoce de lesões bucais, aumentando a chance de cura dos pacientes e diminuindo as sequelas dos tratamentos.

O fumante deve realizar visitas ao dentista periodicamente, fazendo um acompanhamento dos dentes, gengivas e principalmente da mucosa bucal. Existem tratamentos periodontais e restauradores para limitar os danos causados pelo cigarro e pela má higiene bucal. As manchas nos dentes podem ser removidas por limpeza profissional e clareamento dental, desde que o paciente pare de fumar.

O Estomatologista é o profissional dentista especializado, capaz de identificar lesões cancerizáveis e realizar biópsias ou coleta de células da lesão para um correto diagnóstico e realização dos tratamentos necessários.

O autoexame é outra arma importante que o paciente tem na prevenção do câncer bucal. Ele é feito pelo próprio paciente diante de um espelho, em ambiente iluminado, inspecionando-se todas as superfícies da boca, principalmente parte posterior da língua e assoalho bucal. O paciente deve procurar:

– Feridas ou úlceras que não cicatrizem por mais de 15 dias;
– Manchas ou placas esbranquiçadas que não são removidas por raspagem;
– Manchas ou placas avermelhadas;
– Lesões nodulares, endurecidas;
– Inchaços na boca ou no pescoço.

Esse exame não substitui o exame feito por um profissional especializado. Mesmo se você não encontrar nenhuma alteração, não deixe de consultar um cirurgião-dentista pelo menos uma vez ao ano.

Para prevenir o câncer bucal o fumante deve:
Reduzir o uso do cigarro e se possível até mesmo abandoná-lo. Devemos lembrar que os danos são proporcionais à quantidade de cigarros fumados.
Evitar a associação do fumo com o álcool, pois este aumenta os efeitos nocivos do cigarro.
Ter uma alimentação saudável, consumindo frutas, legumes e verduras.
Realizar consultas periódicas com o dentista e manter uma boa higiene bucal.

Fonte: Ident

Falta de um único dente pode trazer riscos à saúde geral do organismo

 

Atenção pais e mães: crianças que perdem dente de leite em acidentes precisam solucionar o problema sob o risco à saúde geral da criança e o comprometimento da dentição permanente.

Se o dente que falta está na frente, a preocupação estética pode até levar rapidamente o paciente a um dentista. Se a ausência não é visível no sorriso, protelar a resolução do problema costuma ser o caminho mais fácil para a maioria das pessoas. Presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO-MG), Luciano Eloi Santos diz que historicamente sempre se fez muitas extrações no Brasil. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, divulgada em 2010, mostra que mais de 3 milhões de idosos necessitam de prótese total (nas duas arcadas dentárias) e que outros 4 milhões precisam usar prótese parcial (em uma das arcadas). “De uns vinte anos para cá houve uma mudança grande de entendimento porque a prevenção e promoção de saúde bucal ganharam projeção internacional. A redução de extrações foi drástica, mas ainda existe e é realizada em casos de pobreza ou reforçada na mentalidade de que ‘dente de trás não faz falta’”, afirma.

Mas faz. Especialista em reabilitação oral e estética, Cristiane Munhoz explica que quando um dente é perdido, a integridade estrutural de toda a cavidade bucal é afetada com consequências graves do ponto de vista funcional, estético e emocional. “A capacidade de mastigação fica muito reduzida, afeta as escolhas alimentares, contribui para déficits nutricionais e, consequentemente, para um risco aumentado de aparecimento de outras doenças”, pontua. E não só: “frequentemente observa-se o movimento dentário através de inclinações que provocam desajustes da mordida (oclusão) e prejudicam o funcionamento normal do sistema mastigatório”, completa. “A oclusão é que vai nortear todo o processo mastigatório, se falta um elemento essa ausência afeta toda a mordida e podem surgir questões ligadas à articulação temporomandibular, identificada por ruídos quando a pessoa abre muito a boca”, completa o presidente do CRO-MG.

Do ponto de vista social, Munhoz observa que a falta de dentes – denominada cientificamente de edentulismo – também dificulta a comunicação interpessoal e favorece o isolamento das pessoas. A especialista reforça ainda que é “relativamente comum a existência de dores de cabeça, ouvidos, tonturas e até alterações posturais em decorrência de problemas dentários/músculo-articulares, que muitas vezes só são diagnosticados pelo dentista após a passagem por diversas especialidades e a realização de múltiplos exames”.

A lista de problemas não para por aí. Eloi Santos salienta que o processo digestivo começa na mastigação. “A ausência de dentes interfere na ingestão do bolo alimentar e implica em problemas estomacais ou intestinais já que pode sobrecarregar o estômago e todo desdobramento do processo digestivo até o trajeto para o intestino”, esclarece. O presidente do CRO-MG ressalta que a articulação tem que estar sintonizada com o organismo todo. “As repercussões são em menores ou maiores graus, mas podem até afetar o equilíbrio da pessoa. O maxilar superior e mandíbula fazem parte do equilíbrio harmonioso de todo o corpo”, reforça.

Prevenção é o melhor remédio

Cristiane Munhoz explica que a perda dos dentes dos brasileiros ainda se deve a cáries e às doenças da gengiva. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal mostrou que essas são as principais doenças bucais da população brasileira. “Atualmente não podemos mais culpar a baixa renda como a principal razão deste problema. Uma escova chega a durar dois meses e o custo de ter uma boa escova, creme dental e fio dental vai de R$ 5 a R$ 10 por mês”, fala. A especialista diz considerar a falta de prevenção o maior problema da causa de perda dos dentes atualmente. “Eu enfatizo sempre para os meus pacientes a importância das consultas a cada seis meses. Dessa forma, qualquer problema que esteja no seu início será, muitas vezes, solucionada com facilidade”, alerta.

Opções

Solucionar o problema da falta de dentes envolve de técnicas mais simples e acessíveis até as mais sofisticadas e, consequentemente, mais caras. Cristiane Munhoz cita as próteses parciais removíveis (as quais substituem a ausência desde um a vários dentes); próteses totais (substituem a perda total de dentes de um arco dentário); próteses fixas unitárias ou múltiplas e até a reabilitações com implantes associadas ou não com enxertos ósseos e plásticas gengivais.

Dentes de leite perdidos em acidentes: o que fazer?

“A criança está andando de skate, cai e o dente de leite sai inteiro. O recomendado é hidratar esse dente mergulhando-o em um copo de leite. Se não for possível, lave o dente imediatamente, põe na própria boca (a saliva mantém a hidratação) e corre para o dentista”. A situação ilustrada por Eloi Santos é uma dica preciosa para ajudar na solução do problema. “O profissional vai recolocar o dente no lugar e as fibras que o sustenta podem se regenerar”, explica. De acordo com o presidente do CRO-MG, se a criança perde um dente de leite antes da hora, a demora no aparecimento do dente permanente pode ocasionar uma movimentação indesejada de outros dentes.

Cristiane Munhoz reforça que a perda de dentes decíduos (ou dentes de leite) ainda é um acidente muito comum na primeira infância. Para ela, uma experiência dramática para a criança com grande impacto físico e emocional. “É um grande desafio para o profissional que requer não apenas um perfeito manejo no comportamento do pequeno paciente, como também conhecimento técnico, científico e bom senso para se realizar um diagnóstico correto e poder determinar um tratamento eficiente”, observa. Segundo ela, a perda de dentes de leite em função de algum acidente acarreta sequelas tanto para a dentição permanente como para o desenvolvimento de hábitos deletérios, repetição de um ato errado como chupar bico, bruxismo, projeção da língua, entre outros. “Cabe ao cirurgião dentista avaliar as características de cada caso e as condições em que aconteceu o trauma para poder determinar um tratamento apropriado”, conclui.

E atenção: a dica de hidratar o dente em caso de algum acidente serve também para o adulto.

Fonte: UAI

5 problemas de saúde que podem começar pela boca

 

Ao falar de saúde bucal, automaticamente vem à cabeça cárie, gengivite, mau hálito. Mas a lista de doenças ligadas à boca vai muito além disso, afeta, inclusive, outras partes do corpo. Doenças cardiovasculares; partos prematuros e nascimentos de baixo peso; descontrole da diabete, são algumas das enfermidades que podem ser associadas à saúde bucal já estudadas por pesquisadores.

Diabetes Diabéticos podem apresentar, entre outros sinais, hálito de “acetona”, inflamações das gengivas e perda óssea ao redor dos dentes, feridas bucais e boca seca. Falando em números, os portadores da doença têm, aproximadamente, quatro vezes mais chances de ter inflamações das gengivas e perdas do suporte ósseo dos dentes.

O agravamento desses quadros também pode se relacionar com complicações da diabetes. É uma via de mão dupla em que uma doença pode afetar o curso da outra, ou seja, a diabetes dificulta o tratamento das doenças periodontais que, por sua vez, agravam a diabetes. “Prevenir, especialmente as infecções de boca, é o melhor remédio”, diz o cirurgião-dentista Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).
A boa notícia é que é possível restabelecer a saúde bucal depois que as doenças periodontais se instalam. O primeiro passo é se informar sobre a diabetes e, principalmente, como controlá-la. Em seguida, fazer um tratamento bucal sério, além de ter cuidado diário com a boca, conforme a instrução do dentista. “Pacientes com bons hábitos de higiene bucal, visitas regulares ao dentista e providos de cuidados no controle do diabete podem ter vida normal e reabilitar-se em termos de qualidade de vida”, afirma o especialista.

Doenças do coração
Um estudo realizado pela Unicamp com 180 pacientes cardíacos constatou que as pessoas com cardiopatia tinham de duas a três vezes mais problemas periodontais do que o grupo que não tinha doença coronariana. Os pesquisadores analisaram fragmentos arteriais desses pacientes e fizeram a detecção do DNA bacteriano. “Quase 60% dos nossos pacientes tinham a bactéria bucal nas artérias coronárias”, diz o periodontista Fernando José de Oliveira, autor da pesquisa.

O que ocorre é que o ferimento na gengiva causado pela periodontite é a porta de entrada para a bactéria cair na corrente sanguínea. Quando isso acontece há o risco de parar no coração, o que provoca inflamação nas artérias. Esse processo pode aumentar, inclusive, os níveis de colesterol de um indivíduo.

Segundo o cardiologista e nutrólogo do HCor, Daniel Magnoni, existe um trabalho amplo de conscientização da relação entre higiene bucal e doenças do coração. “No Instituto Dante Pazzanese, o ambulatório de saúde bucal é muito ativo, com campanhas de conscientização e educação em higiene bucal”, diz.

Impotência
Um estudo feito pela Universidade Inonu, na Turquia, concluiu que pessoas com gengivas inflamadas são três vezes mais propensas a ter problemas de ereção. Participaram da pesquisa 80 homens com disfunção erétil, entre 30 e 40 anos, e 82 homens sem problemas de impotência. No grupo dos que tinham a disfunção, 53% apresentavam gengivas inflamadas, contra 23% no grupo de controle.

A explicação para isso ocorrer é parecida com a endocardite – as bactérias que ficam na boca podem entrar na corrente sanguínea pela gengiva. Esses micro-organismos criam placas nos vasos sanguíneos, entupindo-os. Assim, a ereção fica mais difícil. Adicionalmente, a periodontite também bloqueia uma enzima chamada eNOS, que ajuda os homens a conseguir uma ereção.

Segundo o médico Geraldo Eduardo Faria, chefe do departamento de Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, estudos mostram que metade dos homens na faixa etária entre 40 e 70 anos sofrem de algum grau de disfunção erétil que é classificada em leve, moderada ou severa. “O estudo MMAS realizado nos Estados Unidos mostrou uma incidência de 52%, sendo que a ocorrência aumenta com a idade e também está relacionada a fatores de risco”, diz.

HPV
Segundo uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP com 1.475 pacientes, 72% dos casos de câncer de cabeça e pescoço apresentou o vírus HPV do tipo 16 – o mais relacionado ao desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.

Nas avaliações mais antiga, feitas entre os anos 1998 e 2003, o índice encontrado foi de 55%, um aumento de 17 pontos porcentuais.

“Em um trabalho científico realizado na Unifesp, em que estudamos 50 casos de câncer de boca, indicou a presença de HPV em 74% dos casos”, diz o doutor Artur Cerri, coordenador da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas). “É fundamental que a prevenção do câncer de boca passe pela prevenção do HPV oral.

Parto Prematuro
A doença periodontal pode trazer inúmeros malefícios tanto à gestante, pelo desconforto e dor típicos desta alteração, quanto ao feto em formação. Há fortes evidências de que mães com doença periodontal têm mais chance de ter filhos prematuros (abaixo de 37 semanas de gestação) e com baixo peso (inferior a 2500 g).

“Os pesquisadores acreditam que os estímulos inflamatórios podem induzir uma hiperirritabilidade da musculatura lisa uterina, provocando contração do útero e dilatação cervical, atuando como gatilho para o parto prematuro”, diz a dentista Rosana de Fátima Possobon, professora da Faculdade de Odontologia da Unicamp.

Ao avaliar saliva e gengiva de mais de 300 grávidas e comparar com os dados de seus partos, pesquisadores da Universidade de Nova York verificaram que quanto maior a incidência da bactéria actinomyces, principalmente no terceiro trimestre da gestação, maior o risco. Ou seja, para um aumento de 10 vezes na presença da bactéria, notou-se uma redução de até 60 gramas no peso do bebê e antecipação de até dois dias no parto.

Fonte: Terra

É preciso tratar canal em dentes de leite?

Sim. Infecção por cárie, má formação da dentina e fraturas são alguns dos motivos que justificam o canal nos dentes de leite.

É sempre uma grande surpresa quando damos a notícia para os pais de que será necessário fazer um canal no dente de leite do filho. Eles nos olham atônitos, incrédulos, sem realmente entender como é possível, dentro daquele minúsculo dentinho, existir um canal igual ao de um dente permanente. Muitas vezes, dois, três canais, dependendo do dente. Como?

Alguns pais acabam não se preocupando muito com os dentes de leite por acreditarem que dentro dele não existe absolutamente nada, ficam ali grudados na gengiva e um belo dia caem, simples assim!

Esse pensamento é comum porque, quando o dente amolece e cai, vemos apenas a coroa dele e nada mais. É que a raiz que mantinha o dente preso ao osso sofreu um processo chamado “rizólise”. Isto é, foi lentamente reabsorvida para dar espaço ao dente permanente, que aos poucos veio tomando o lugar do decíduo.

A prevenção deve ser feita o quanto antes para que esse mito não torne menos importante todos os cuidados tomados numa dentição decídua. Dente de leite tem raiz, polpa e terá, sim, que ser feito o canal em várias situações: infecção por cárie, má formação de dentina ou esmalte, trauma, fratura ou qualquer coisa que venha expor ou infectar esse local tão bem fechado dentro do dente.

O tratamento endodôntico nada mais é do que a retirada ou esvaziamento da parte viva do dente e sua obturação. São feitas radiografias, usadas “limas” como nos adultos e o isolamento absoluto, que é a colocação de um pedaço de borracha (como um lenço) na boca da criança, deixando para fora apenas o dente a ser tratado, evitando assim a contaminação. A polpa (que fica dentro da raiz) tem um aspecto vermelho gelatinoso e contém toda vascularização que liga o dente com o resto do corpo.

Depois que o canal é esvaziado, devidamente limpo e seco, será preenchido por um material restaurador especial que manterá o espaço interno asséptico (sem bactérias) e será reabsorvido de maneira natural, junto com a raiz no tempo certo.

Sempre busque ajuda de um especialista, porque, quanto menor a criança, maior o grau de dificuldade. Em crianças especiais, o tratamento pode contar com a ajuda de sedação.

Por mais impossível que pareça, muitas crianças acabam até dormindo na cadeira, o que facilita muito no tratamento. É importante que as experiências negativas dos pais não interfiram nesse processo, pois a ausência do medo torna tudo mais simples e a tranquilidade da criança significa sucesso para o profissional.

Para que a criança não precise passar por isso, é fudamental que os pais cuidem com carinho dos dentinhos dos filhos. É sempre uma luta árdua diária fazer com que os pequenos nos deixem escovar seus dentes sem nos levar ao limite da paciência. Mas, acredite, um sorriso gostoso faz cada minuto dessa batalha valer a pena!

Fonte: Revista Crescer

Aparelho ortodôntico depois dos 30?

Além de preços mais acessíveis, aparelhos ortodônticos modernos e discretos encorajaram muitos adultos a enfrentarem o tratamento. Alguns modelos prometem, inclusive, diminuir a necessidade de consultas.

Segundo o cirurgião-dentista, Cássio José Fornazari Alencar, especialista em ortodontia e ortopedia facial, a estética é a principal motivação para os pacientes procurarem ajuda. “Há também quem precise de reabilitação de perdas precoces, em que dentes se inclinaram sobre os espaços presentes”, diz Alencar.

Para a psicóloga Miriam Barros, especialista em coaching, o tratamento ortodôntico aumenta a autoestima, o que traz bons frutos para a vida pessoal e o trabalho. As pessoas que sentem que seus dentes estão tortos, e se incomodam com isso, acabam sorrindo menos ou tentando disfarçar para que os outros não percebam. “Com isso, elas acabam tendo pior desempenho social e profissional também, pois quando a autoestima está baixa as pessoas se recolhem e ficam com receio de se expor”, diz Miriam.

Tem idade pra usar aparelho?

Não existe limite de idade para o uso de aparelho fixo. Cássio explica que depende se o paciente tem osso para movimentar os dentes, já que com a idade pode ocorrer perda óssea. “Tenho pacientes com 50, 60 anos que usaram aparelhos, mas tinham periodonto (tecidos envolvidos na fixação do dente ao osso) saudável para isso”, afirma.

Segundo a cirurgiã-dentista, Andrea Serikawa, da Clínica Sorridents, uma questão a se considerar é a presença de osteoporose. “Esse problema pode causar limitação no tratamento, portanto deve ser imediatamente informado ao profissional”, diz.

Em alguns casos, passada a fase de crescimento, o tratamento ortodôntico fica limitado e alguns casos são tratados com a associação de cirurgia ortognática (reposicionamento dos ossos da face cirurgicamente) com o tratamento ortodôntico.

Tempo de tratamento

Ao contrário do que se pensa, nem sempre o tratamento é mais demorado na fase adulta. “Ocorre que o limite de força e a necessidade de poder movimentar o dente podem aumentar o tempo de tratamento”, diz Alencar. Quanto ao tempo de tratamento, vai depender dos objetivos traçados. Pode variar de 18 meses a 24 meses.

É possível que, com o tempo, seja necessário dar mais uma mãozinha à arcada. “O apinhamento (dentes tortos) é a ruga na boca, com a idade o nosso osso perde água, com isso diminui de tamanho, e os dentes podem se movimentar para se acomodarem na arcada”, afirma o especialista. Para evitar essa movimentação, o especialista indica a contenção – um fio metálico que é colado na parte de trás dos dentes.

Menos dor

Alencar explica que, com o uso dos fios de última geração (termoativados e de liga de níquel-titânio), essa dor é bem menor. “Existem trabalhos mostrando o uso de laser de baixa intensidade (laserterapia) para ajudar na dor e na movimentação”, diz Cássio Alencar.

Fonte: UOL

Invisalign: tecnologia a favor dos seus dentes

Nossa cliente Camila Figueiredo recebendo o aparelho Invisalign da Dra Josy Vitorete

1- O que é o Invisalign? É aparelho “móvel”?

É um jogo de alinhadores praticamente invisíveis e feitos sob medida, que movimentará seus dentes para resultar num belo sorriso. Sim, você remove o aparelho para poder comer e higienizar seus dentes. Portanto, é uma grande vantagem utilizar um aparelho praticamente invisível e não atrapalha em nada a sua higienização.

2- Quais são as vantagens sobre os aparelhos ortodônticos fixos?

Eles não machucam sua boca durante o período de adaptação, pois não tem metal, braquete ou fio. A higienização também fica facilitada, dispensando o uso de passa fio, escovas bitufo e outros trambolhos para limpar seus dentes e sua boca. E acima de tudo a estética é superior a qualquer outro aparelho de porcelana, safira, braquete estético…


3- O tratamento com Invisalign demora mais do que o tratamento convencional?

Não. O tempo de tratamento é o mesmo do que um tratamento ortodôntico convencional, pois o planejamento será feito por técnicos treinados no sistema, com a ajuda do software Clin Check.


4- O que é o Clin Check?

 

O Clin Check é o software que o Ortodontista irá utilizar para mostrar a evolução de todo tratamento alinhador por alinhador, isto é, além de você já ver o resultado do seu tratamento antes mesmo de iniciá-lo. E ainda sairá com a estimativa mais precisa do tempo de tratamento.


5- Saberei quanto tempo irá durar o meu tratamento?

 

Sim. Os alinhadores são programados para serem trocados a cada quinze dias. Se no seu tratamento foram planejados 24 alinhadores para deixar seu sorriso bonito por exemplo, basta fazer as contas e chegar a 12 meses ou um ano de tratamento.


6- Então quanto mais alinhadores mais caro fica meu tratamento?

Não. Não é essa a conta feita pelo ortodontista. Normalmente, ele vai cobrar de acordo com a complexidade do tratamento, que não coincide necessariamente com um maior número de alinhadores.


7- Onde o Invisalign é fabricado?

Após o Ortodontista fazer uma cópia da sua boca esta será enviada para Califórnia, onde passará por uma tomografia computadorizada (CT) obtendo um modelo digital tridimensional dos seus dentes com precisão extrema. Por meio de um software CAD (desenho assistido por computador), obtemos a simulação da movimentação dentária. O doutor irá ver, modificar e aprovar o tratamento antes dos alinhadores serem fabricados. É feita uma estereolitografia (SLA) para construir os modelos de seus dentes para cada etapa do seu tratamento. Os alinhadores são fabricados sobre estes modelos e enviados ao ortodontista aqui no Brasil. O ortodontista irá acompanhar a troca dos seus alinhadores até que o sorriso fique bonito.

8- Quantos pacientes já foram tratados com esta tecnologia?

Estima-se atualmente que mais de um milhão e meio de pessoas já trataram com Invisalign!

9- Quanto custa o tratamento com Invisalign? É mais caro do que o tratamento ortodônticos com braquetes metálicos?

Sim. Como todo tratamento que envolve tanta tecnologia e vantagens como estética superior não irá custar como um tratamento convencional. Mas você quer saber a maior? Investir em saúde é o melhor cuidado que você pode ter! A prova disto é que mais de um milhão de pessoas em todo o mundo já mudaram seu sorriso! Mude o seu também!

Fonte: Invisalign do Brasil

Bruxismo Infantil

Esse hábito tem gerado uma grande preocupação para os pais pois atualmente tem sido cada vez mais frequente nas crianças.

Afinal o que é o bruxismo?

O bruxismo é o ato de apertar ou ranger os dentes. Pode acontecer de dia ou durante o sono e ser de forma consciente ou inconsciente

E por que acontece?

Alguns profissionais chegam a comentar que é comum observar o ranger dos dentes em crianças até os 6 anos por uma necessidade natural do organismo de acomoda-los e se preparar para a troca da dentição. Até esta idade a criança através dos movimentos de lateralidade pode apresentar uma abrasão das pontas dos caninos, e esta atividade muscular ativa o crescimento e desenvolvimento fisiológico das bases ósseas. Esse é o bruxismo considerado “fisiológico”.

Precisamos no entanto ficar atento para o bruxismo “patológico”, onde o desgaste dental é mais importante e a criança pode apresentar dores musculares, dores de cabeça ou dores na ATM (articulação temporo mandibular). Nesse caso, o diagnóstico preciso é bastante difícil por se tratar de um problema com causas multifatoriais.

Dentre as possíveis causas podemos citar :

– fatores oclusais: quando existem interferências dentais que impedem que a mordida tenha um bom encaixe;

– fatores de ordem sistêmica: respiração bucal, deficiências nutricionais, disturbios neurológicos (p. ex. autismo);

– fatores emocionais : stress, agenda lotada de atividades, a chegada de um irmão, divórcio na família, escola nova, hiperatividade , entre outros;

– fatores hereditários;

– hábitos alimentares inadequados. Crianças que não mastigam alimentos consistentes e não usam a sua função mastigatória podem procurar suprir esta necessidade através do ranger dos dentes.

Como tratar o Bruxismo Infantil?

A literatura sobre o bruxismo infantil é escassa e não existem certezas sobre as causas, nem fórmulas mágicas para eliminar rapidamente o hábito. Assim, cada paciente deve ser analisado e tratado individualmente pelo dentista.

Se a causa for uma interferência dental, um ajuste oclusal ou o uso de aparelho ortodôntico será necessário a fim de proporcionar maior conforto e equilíbrio para essa mordida e o uso de placas de uso noturno pode ser indicado para este e/ou outras causas. A idade para se começar algum tratamento depende da gravidade do caso e da colaboração da criança.

Algumas vezes pode ser necessária a ação de outros profissionais da saúde, como: pediatras, psicólogos, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogas. Enfim, cada caso é único e deverá ser tratado o mais cedo possível.

Podemos prevenir o bruxismo?

É possível minimizar as chances da criança ter bruxismo através do acompanhamento periódico do odontopediatra, que estará atento aos possíveis sinais e sintomas

Dicas para os pais:

– Estimular alimentos fibrosos e em pedaços desde pequenos, para que possam desenvolver uma mastigação vigorosa e eficiente.

– Ter cuidados com hábitos prolongados de chupeta e mamadeira. Eles alteram a mordida da criança podendo criar interferências dentais e alterações musculares e ósseas.

– Procurar propiciar um ambiente tranquilo que anteceda o sono. Evite deixar luzes acesas, assistir televisão ou usar o computador ou videogame antes de ir para a cama

– Atenção na hora de programar a rotina de atividades de seu filho. Lembre que crianças precisam de tempo para brincar.

Dra. Eliana Fujimoto Macedo – Especialista em Odontopediatria

Fonte: Pediatria em Foco

RETRAÇÃO GENGIVAL: Por que a gengiva sobe?

 

Deslocamento da gengiva que provoca a exposição da raiz do dente, a retração gengival pode ocorrer em um só dente ou em vários.

A causa não é fácil de determinar. Existem várias hipóteses: traumatismo por escovação (fricção exagerada com escova de cerdas duras); inflamação da gengiva pela presença da placa bacteriana; trauma oclusal (forças excessivas sobre o dente causadas por má posição dentária ou por restaurações “altas”); restaurações desadaptadas na região gengival; posição alta dos freios labiais e lingual; movimentos ortodônticos realizados de maneira incorreta; dentes apinhados (encavalados); pouca espessura do osso que recobre a raiz.

Por que nessa situação os dentes ficam mais sensíveis?

 

Devido à exposição da raiz, a camada que a reveste (cemento) desaparece, expondo a dentina, que é sensível. Bochechos com soluções fluoretadas podem amenizar o problema.

Tem relação com a idade?

Uma certa retração gengival generalizada é percebida com o passar dos anos e considerada normal. Algumas pessoas são mais susceptíveis que outras. A retração pode avançar em alguns períodos e, em outros, permanecer estacionária.

Existe tratamento? 

 

Normalmente, o que se faz é evitar a evolução desse processo por intermédio de escovação adequada, limpeza profissional, ajuste oclusal, remoção de hábitos nocivos, remoção de excessos de materiais restauradores, se houver, e, se for o caso, corrigir a má posição do dente com aparelho ortodôntico, além de recobrir a raiz.

 

É possível recobrir a raiz novamente?

Sim, por intermédio de técnicas cirúrgicas utilizadas principalmente em retração de um ou mais dentes. São cirurgias de resultados previsíveis e eliminam a sensibilidade, melhora a condição de higienização da paciente, evita cáries na raiz e aumenta o volume gengival, o que ajuda a evitar recidivas.

 

Se não se fizer a cirurgia, pode-se perder o dente?

 

A retração, por si só, não provoca a perda do dente, desde que as causas sejam eliminadas e que não haja inflamação.

Fonte: Revista da APCD

Odontopediatra: quando devo levar meu filho ao dentista?

Quantos médicos os pais têm que visitar com os filhos! Entre vacinas, check-ups, etc, é complicado lembrar-nos de tudo, por isso é fácil esquecermos de ir ao dentista para uma boa saúde buco-dental infantil. A seguir, explicamos quando você deve ir com o seu filho(a) ao odontopediatra para fazer uma revisão à boca.

1 ano: consulte o dentista para fazer a primeira revisão dos dentes da criança. Deve-se observar se as gengivas estão preparadas para os primeiros dentes e molares. É o momento de se observar se a chupeta, mamadeira ou, no pior dos casos, o dedo, têm gerado malformações na boca.

Entre os 2 e 6 anos, consulte o dentista a cada 6 meses porque deve-se fazer uma avaliação dos dentes de leite e antecipar possíveis problemas. Além disso, é o momento perfeito para consciencializar as crianças (e pais) de uma boa escovação de seus dentes e tomar nota dos alimentos que produzem cáries.

Aos 7 anos, coincidindo com os molares dos 6 anos, deve-se ir para selá-los. Selá-los? O que é isto? “Não passei por isso” -os pais pensarão- mas por isso por isso nossa geração sofreu tantos problemas dentários. Para as crianças, é difícil escovar estes molares porque estão no final da gengiva. Por isso, é aplicada uma resina para protegê-las de possíveis cáries. Lembrem-se de que são dentes definitivos!!

Entre os 6 e 14 anos, o dentista introduzirá na higiene bucal o uso do fio dentário. Também fará uma avaliação de controles sobre o tártaro, mordida cruzada e apinhamento dos dentes.

A partir de 14 anos, é suficiente ir ao dentista 1 vez por ano para fazer uma avaliação.

Fonte: Saúde UmComo